Antônio Ricardo será encaminhado para presídio (Foto: (Foto: Reprodução)
O taxista Antônio Ricardo Rodrigues Luz, 35 anos, suspeito de agredir a cantora Aiace Félix, foi encaminhado ao sistema prisional na manhã desta terça-feira (5), depois de passar por uma audiência de custódia, no Núcleo de Prisão em Flagrantes, no Iguatemi. A justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva e ele será encaminhado para o presídio. No depoimento à polícia, Antônio Ricardo confessou ter assediado Aiace, mas negou a tentativa de atropelo e os socos. De acordo com o delegado em exercício da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), Antônio Fernando, o taxista foi detido em casa, no bairro da Federação, nesta segunda-feira (5), por volta das 10h. O delegado informou, ainda, que deve pedir a prisão preventiva do taxista. Ele foi conduzido ontem à carceragem da 1ª Delegacia (Barris). Os advogados do taxista falaram com a imprensa após a decisão da justiça. Segundo Rafle Salume, eles vão recorrer da decisão e alega que a prisão foi convertida apenas por causa do clamor social do caso. “Não houve fundamentação técnica suficiente para fundamentar uma prisão preventiva, estamos visualizando uma antecipação da culpa, estamos agredindo uma presunção de inocência dele”, disse. De acordo com os advogados, o taxista tem outra versão para tudo que aconteceu. “Ele conta que estacionou o seu veiculo atrás do táxi na sua frente, ao visualizar o grupo de jovens saindo do estabelecimento, jogou o sinal de luz a fim de que ele acordasse e pegasse a corrida. A suposta vitima entendeu isso como assédio”, disse. Ainda segundo a versão do taxista relatada pelos advogados, a cantora jogou um copo de cerveja nele. “Ela bateu no vidro do carro que estava fechado porque estava chovendo, e, visualmente alterada, jogou o copo de cerveja no carro, molhando o banco e o painel”, relatou o advogado. Alvará Segundo a Secretaria Municipal da Mobilidade (Semob), Antônio Ricardo não é o dono do alvará que utilizava (A-6014) na noite da agressão. De acordo com a polícia, ele estava alugando o carro de um dos motoristas auxiliares do alvará há duas semanas. “O alvará pertence a uma senhora, que está sendo ouvida. Ela locou para uma pessoa, que relocou para ele. No sentido de ajudá-lo, porque ele está desempregado. A pessoa trabalha de dia e ele trabalha à noite. Ele diz que ela provocou, jogou cerveja nele. Mas temos as provas, o rosto dela está deformado”, afirmou o delegado. Mesmo assim, ele pode perder a autorização para trabalhar com táxi. Ontem, a Semob abriu um processo administrativo contra Antônio Ricardo, mas o processo também inclui a dona do alvará, que pode perder a licença. “Cada dono de táxi pode ter até dois motoristas auxiliares. O dono do alvará sofre processo administrativo como dono do alvará. Para a gente, não tem diferença entre dono de alvará e motorista auxiliar. Vamos aguardar a defesa dele (Antônio Ricardo)”, afirmou o secretário Fábio Mota. Ainda segundo ele, “se ficar evidenciado que houve culpa ou dolo, ele poderá ser excluído da condição de motorista auxiliar”. “Com relação ao dono do alvará, se houve infringência do regulamento, o alvará poderá ser cassado”, concluiu. Mas, para que tanto o motorista e o dono do alvará sofram a punição, é preciso que seja confirmada que a agressão ocorreu durante o exercício da atividade. O taxista tem até 15 dias para se manifestar. A vítima também deve ser notificada para dar sua versão à Semob.