Ele ainda não tem nome e mal chegou à Bahia, mas já teve que se esconder dentro da toca. O tatu-bola, mascote da Copa, não resistiu à ventania registrada em Salvador e teve que se proteger para não ser levado. “Quando o vento bateu, ele começou a gemer. Pegou pra mim, como é que não pegaria pro tatu?”, desvendou o vendedor de salgados Edmundo de Jesus. O tatu veio de fora, chegou na segunda-feira, não poderia esperar mesmo a frente fria que tomou conta da cidade. Preferiu se ‘entocar’.
Sem toca lá no Farol, Edmundo desistiu de trabalhar e foi para casa. “Como é que o cara trabalha num vento desse? Tá brabo. Tá sinistro”, justificou, garantindo ainda que o tatu inflável “arriou” na quinta-feira, justo no dia em que o tempo virou em Salvador. O segurança do mascote confirma a história, mas garante que, com a mudança climática, os responsáveis preferiram esvaziar e desarmar o tatu na noite de quinta. “O vento está muito forte. Poderia ocorrer algum problema”, disse, preferindo não se identificar.
Mas a versão original nem sempre é tão divertida quanto a de quem passa pelo Farol e não vê o bicho. “Quando dá esse vento não deixa nada. Ele deve estar na Ilha de Itaparica”, brincou o vendedor de colares Elival Assunção, ainda surpreso com a ausência. “Eu sabia que não ia ficar por causa do vento, mas fiquei curioso. Fui lá e vi que estava dentro do buraco”, completou. “Ele murchou e se entocou. A gente pensou que ele tinha se jogado no mar”, riu o vendedor ambulante Marcos Santana. Há quatro anos trabalhando no Farol, a também vendedora Sandra Cursino disse que nunca tinha visto vendaval semelhante. “Eu pensei que o vento tinha levado até o tatu. Há quatro anos que trabalho aqui e nunca vi isso. Os ventos têm que parar para o tatu voltar e melhorar o movimento”, disse, ciente de que, assim como o tatu, a freguesia preferiu se esconder.
Vento obriga mascote da Copa a se encolher na toca |
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