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SALVADOR

Sincretismo religioso e pedido de paz marcam Lavagem do Bonfim

Novenário que homenageia o Senhor do Bonfim será encerrado no sábado (16), às 19h

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14/01/2016 às 16:02 • Atualizada em 29/08/2022 às 4:26 - há XX semanas
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Uma tradição de fé e devoção que há 266 anos reúne baianos e turistas em Salvador e em 2016 não foi diferente. Com o tema "Celebrando o Ano da Santo da Misericórdia", a Lavagem do Bonfim reuniu milhares de pessoas na manhã desta quinta-feira (14) em Salvador. O novenário que homenageia o Senhor do Bonfim será encerrado no sábado (16), às 19h.
Pouco depois das 6h da manhã, centenas de pessoas estavam concentradas em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia à espera ato ecumênico que reuniu líderes religiosos, autoridades políticas e artistas baianos. Por volta das 7h foi dada a largada da Corrida Sagrada, com diversos grupos de corrida, amigos e famílias inteiras adeptas do esporte.
Zelador Maurício Estrela foi pagar promessa durante festa
Antes do final do ato inter-religioso, já era possível encontrar fiéis fervorosos do Senhor do Bonfim a caminho da Colina Sagrada. Ainda em frente à basílica, alguns devotos oravam em silêncio. Outros choravam e agradeciam. O sincretismo religioso estava presente na maioria dos encontros e celebrações que aconteciam ainda em frente à Basílica, antes da caminhada. Para as religiões de matrizes africanas, Senhor do Bonfim é Oxalá, divindade ligada à criação e à vida. E foi a Oxalá que o zelador Maurício Estrela foi agradecer pelas bênçãos realizadas em 2015. " Eu vim trazer esse jarro de flores para agradecer tudo que Ele fez por mim e foi realizado. Estou satisfeito", disse ao iBahia. A devoção dividiu espaço também com a irreverência e o bom humor. A paixão pelo Esporte Clube Bahia leva o taxista Paulo Sérgio há mais de um década até à festa. "Há mais de 12 anos eu venho para aqui. Ano passado eu vim para o Bahia e Vitória subirem e esse ano eu vim para o Bahia subir. Se meu Bahia subir, eu venho para aqui com uma cruz de madeira ao invés de uma cruz de pau", revelou animado.
Ao caminhar pelos oito quilômetros que separam a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, até a Colina Sagrada, no Bonfim, era possível encontrar uma infinidade de histórias, muitas delas unidades pela fé, outras pela alegria de se divertir aos 31ºC de uma quinta-feira de verão em Salvador. Pouco depois das 12h, diversos bloquinhos e grupos se concentravam na porta da Igreja do Senhor do Bonfim, à espera da lavagem do adro pelo cortejo das baianas.
Às 12h15, padre Edson da Silva Menezes, reitor da Basílica do Senhor do Bonfim, saudou os fiéis. "Somos motivados para sermos misericordiosos uns com os outros e fraternos. Vejo daqui de cima que o que predomina é a cor branca, reluzente, que expressa nosso desejo de paz", resumiu. Ao som do hino do Senhor do Bonfim, o padre segurou a imagem do Senhor Bonfim e convidou a população a rezar a Pai-Nosso. Por quase dez minutos, desconhecidos se saudavam, de mãos dadas, quase todos vestidos de brancos, uníssonos, ao som de um desejo de paz.

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