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A decisão de reajustar ou não a tarifa de ônibus em Salvador deve sair daqui a três dias, segundo o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin), José Mattos. Nesta terça (29), Mattos se reuniu com os donos de empresas de ônibus de Salvador, que já haviam encaminhado à prefeitura um pedido de reajuste de R$2,50 para R$3,15, após o encerramento da greve dos rodoviários, no último sábado. Os empresários alegam que o “impacto resultante do reajuste salarial e de benefícios concedidos pela Justiça do Trabalho” aos rodoviários, que pararam por quase quatro dias, vai gerar uma despesa mensal de R$ 6 milhões às empresas. Mattos adiantou que “não há hipótese de aumento da tarifa desse percentual (26%), mas os técnicos estão analisando a planilha de custo apresentada pelos empresários”. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), ao cumprir o reajuste de 7,5% determinado pela Justiça e o aumento de 4,09% no tíquete-refeição, além de outros benefícios, as empresas vão passar a operar com prejuízo. O Setps alega que a atual da tarifa, de R$ 2,50, está defasada há seis meses em relação ao custo real de cada passageiro, estimado em R$ 2,96 até a decisão. O Setps afirma que o último pedido de aumento ocorreu em 2011 e foi negado. De acordo com o Setps, de 2002 até 2011, o valor da passagem de ônibus saiu de R$ 1,10 para R$ 2,50 (confira a tabela). A Justiça ainda determinou o retorno do pagamento do quinquênio, benefício pago aos rodoviários que têm mais de cinco anos de atividade. Segundo os empresários, a mão de obra que “pesava” 46,7% aumenta agora para 49,7%.