Na guerra pelo domínio territorial no Nordeste de Amaralina, o titular da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Maurício Teles Barbosa, anunciou ontem as localidades onde serão instaladas as três Bases Comunitárias de Segurança do complexo, que engloba Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas e Chapada do Rio Vermelho. Segundo o secretário, o projeto, que tem como objetivo pacificar o bairro, será ajustado até o dia 3 de agosto e implantado no mesmo mês. O anúncio foi feito durante a apresentação do programa Pacto Pela Vida à comunidade, ontem pela manhã, em Santa Cruz. As bases serão implantadas no Cento Social Urbano, situado no Beco da Cultura, no Nordeste de Amaralina; na Escola Estadual Dionísio Cerqueira, na Rua do Futuro, em Santa Cruz; e na Chapada do Rio Vermelho, uma casa será alugada na rua Coreia do Sul. “São considerados os pontos mais críticos no complexo”, disse o coronel Ivanildo Castro, comandante da 40ª Companhia Independente, no Nordeste. Depois da ocupação do Calabar, em abril, estava nos planos da SSP instalar bases este ano não só no Nordeste, mas também em Tancredo Neves e Suburbana. Segundo a SSP, porém, a complexidade do Nordeste comprometeu as outras bases, cuja instalação terá que ser replanejada. “O complexo, pela sua topografia e dimensão, representa para nós da polícia um desafio maior”, afirmou Barbosa. VEJA MAPA:
Ao todo, 360 policiais trabalharão nas três bases, para atender cerca de 120 mil habitantes (um policial para cada 333 habitantes). Eles terão à disposição 14 carros e 20 câmeras que auxiliarão no patrulhamento da região. Está prevista também a reforma da 28ª Delegacia, no Nordeste, com incorporação de carros e aumento de efetivo. No Calabar, há 120 PMs para uma população de 12 mil pessoas (um policial para cada 100 habitantes). Homicídios A polícia afirma que a criminalidade diminuiu após operação realizada em 25 de março, que envolveu cerca de 900 policiais e acabou com a morte do traficante Camisinha, considerado o líder da região. “As ações resultaram na redução de 73% nos índices de homicídios”, afirmou o comandante Castro. De acordo com boletim diário divulgado no site da própria secretaria, porém, a redução de homicídios de 17 de janeiro até o dia da invasão foi de 30%: dez antes da invasão e sete depois. Se somados todos os homicídios registrados pela SSP no boletim diário (sete no Nordeste, seis no Vale das Pedrinhas, dois na Chapada do Rio Vermelho e dois em Santa Cruz), o complexo do Nordeste teria o sétimo número mais alto da cidade, atrás de Paripe, Tancredo Neves, Periperi, São Cristóvão, São Marcos e Brotas. Família de Ueslei pretende depor esta semanaO inquérito que investiga a morte de Ueslei Morais de Oliveira, 23 anos, o milésimo assassinado do ano segundo boletim diário da Secretaria da Segurança Pública (SSP), ainda não foi enviado à delegada Laura Argolo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará a cargo das investigações. No domingo, quando o rapaz foi morto a tiros na 1ª Travessa Luciano Gomes, em Pau da Lima, a delegada plantonista Rita de Cássia ouviu a mãe do rapaz. O irmão de Ueslei disse ontem que ainda não teve condições emocionais de prestar depoimento, mas deve comparecer esta semana à delegacia. “Amanhã (hoje) ainda seria aniversário dele. A gente está muito abalado”, comentou o irmão. A família esclareceu ontem que possui várias casas e que a que foi mostrada na edição de ontem era usada apenas por Ueslei e seu irmão para festas. Segundo eles, a família vive em uma casa maior, ao lado, além de possuir outros imóveis na cidade. “Temos uma vida boa”, afirmou Everton. O corpo de Ueslei foi enterrado na segunda-feira, no cemitério Quinta dos Lázaros, localizado na Baixa de Quintas.
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