29 de março é data em que se comemora o aniversário de Salvador, mas a história da primeira capital do Brasil começa bem antes de 1549, ano em que foi oficializada a fundação da cidade. Em 1501, os portugueses descobriram a Baía de Todos os Santos que, por reunir qualidades portuárias e de navegação, passou a ser um ponto bastante visitado no chamado Novo Mundo.
A partir disso, o militar e político Thomé de Sousa foi nomeado pelo rei de Portugal D. João III como governador-geral do Brasil e deu-lhe a missão de fundar, às margens da Baía de Todos os Santos, a primeira cidade brasileira. Um marco de pedra foi, então, assentado assinalando as novas terras incorporadas ao patrimônio de Portugal. Essa região hoje é ocupada pela fortaleza e farol de Santo Antônio da Barra.
Em 29 de março de 1549 a guarda portuguesa chegava à Vila Velha, hoje o famoso Porto da Barra, que na época era comandada por Diogo Alvares, o Caramuru. Dessa forma, era fundada oficialmente a Cidade do São Salvador de Todos os Santos.
Salvador foi a primeira cidade e primeira capital do país – de 1549 a 1763 -, e desenvolveu um papel fundamental na expansão e defesa do domínio dos portugueses durante os séculos XVI e XVIII.
Junto com a expedição comandada por Thomé de Sousa – com mais de mil pessoas -, chegaram a Salvador também escravos, a partir de 1550, vindo de países como Nigéria, Angola, Senegal, Congo, Benin, Etiópia e Moçambique.
No final do século XVII, a exportação de açúcar era a principal atividade da província. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho.
Em 1808, quando não era mais capital, Salvador recebeu a família real portuguesa que fugia de Napoleão Bonaparte, então invasor de países europeus. Na ocasião, o príncipe-regente, D. João VI, fundou a primeira Escola Médico-Cirúrgica, no Terreiro de Jesus, que se tornou a primeira faculdade de Medicina do Brasil.
Independência
Antes mesmo de proclamada a independência do País, já se lutava nas ruas de Salvador pela nossa emancipação política. Depois, nos arredores da cidade, travaram-se as vitoriosas batalhas de Cabrito e Pirajá, que culminaram, a 2 de julho de 1823, com a consolidação da Independência Nacional. Em 1835, ocorre a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês.
Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos Ministros de Gabinete no II Reinado, tais como Saraiva, Rio Branco, Dantas e Zacarias. Com a proclamação da República e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional passa a ser cada vez menos importante.
No período republicano, a fisionomia urbana da cidade sofreu modificações sensíveis a começar com as obras do Porto, que lhe ampliaram a área com aterros necessários a construção do ancoradouro. De 1912 a 1914, deu-se a abertura da Avenida Sete de Setembro, do Largo do Teatro (atual Praça Castro Alves) até o Farol da Barra.
Nessa época, também se verificou a demolição das histórica igrejas da Ajuda, de São Pedro e do Rosário de João Pereira. A cidade de Salvador era antigamente chamada de Bahia (inclusive por moradores do próprio estado). Também já recebeu alguns apelidos, como o de "Roma Negra", isso porque já foi considerada a cidade com maior população negra fora da África.
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Redação iBahia
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