Saiba tudo o que rolou no entorno da Arena Fonte Nova nesta sexta

Por conta das interdições e bloqueios em ruas do entorno desde as 7h da manhã - a exemplo da Avenida Bonocô, Vale de Nazaré, Dique do Tororó e Vasco da Gama -, o trânsito do primeiro dia de jogo da Copa em Salvador foi marcado pelos congestionamentos.

Trânsito congestionado na Avenida Vasco da Gama, no início da tarde desta sexta-feira (13)

Além da caminhada, outra alternativa foi o uso do metrô, inaugurado esta semana. De acordo com um funcionário da CCR Metrô, as viagens começaram a acontecer ao meio-dia, partindo do Acesso Norte para o Campo da Pólvora com acesso restrito aos portadores de ingresso da partida de hoje. Pouco menos de duas horas antes do jogo, o movimento ainda era bem tranquilo na estação final, que recebeu um número maior de torcedores estrangeiros.

De acordo com um grupo de amigos soteropolitanos que utilizou o transporte para chegar à Arena, as informações estavam bem desencontradas no início da operação. O torcedor Felipe Gonçalves contou ao iBahia que houve uma demora na entrega das pulseiras de acesso ao metrô, por conta do despreparo dos funcionários, que afirmavam ser necessário um credenciamento prévio, além do ingresso. "Deixamos o carro estacionado no Shopping Bela Vista e preferimos vir de metrô. Lá nas imediações da Rótula do Abacaxi estava tudo congestionado. Apesar da confusão inicial, foi melhor termos optado por ele. Chegamos em 15 minutos", explicou.

Grupo de torcedores deixam a estação do metrô em direção à Arena Fonte Nova

Quem não ia ver o jogo, mas estava nas imediações do estádio teve de enfrentar uma longa espera nos pontos de ônibus, tanto por conta do congestionamento registrado nas principais vias da cidade, quanto pela alteração no tráfego das linhas de ônibus convencionais; cerca de 138 veículos da frota de ônibus, em Salvador, foram realocados para linhas especiais com destino à Arena Fonte Nova. No ponto próximo ao Campo da Pólvora, usuários reclamavam da lotação dos coletivos.

Quem também reclamou muito neste primeiro dia de jogo em Salvador foram os ambulantes. De acordo com o grupo de vendedores instalado em frente ao Fórum Ruy Barbosa, o credenciamento junto à prefeitura custou R$ 120 e o transporte da mercadoria até o local cerca de R$ 80.

Ambulantes do Campo da Pólvora insatisfeitos no primeiro dia de jogos em Salvador

"Chegamos aqui 5h da manhã para garantir nosso lugar, que nem foi demarcado pela prefeitura. Não tivemos retorno financeiro nenhum. O pessoal da Ambev sugere que a lata de 350 ml de cerveja seja vendida por R$ 8, mesmo preço do estádio, mas aqui fora é impossível vender por esse valor, ainda mais diante da concorrência dos bares e restaurantes próximos", disse a ambulante Ana Maria Cazumbá. "Se for para não sair no prejuízo vamos vender até por R$ 2", avisou.

Do lado dos torcedores, principalmente holandeses, a alegria imperava. A massa laranja que saiu do Terreiro de Jesus no início da tarde chegou à Joana Angélica, pela rua Santa Clara do Desterro, em cortejo, por volta das 14h30. Antes de entrar nos estádios, muitos se abasteceram de bebidas e comida no supermercado próximo à ladeira Fonte das Pedras. As filas permanceceram grandes até uma hora antes do início do jogo - por determinação da Fifa, não é permitido entrar nos estádios com os mantimentos.

Menos de 30 minutos antes do início da partida, a correria era grande para o acesso de quem estava no Dique do Tororó aos portões Norte e Oeste (mais próximos da Avenida Joana Angélica). Os torcedores se arriscavam a descer o barranco ao lado do estádio para chegar mais rápido aos seus destinos.

Barranco ao lado da Arena Fonte Nova dá acesso aos portões Sul e Norte da Arena Fonte Nova

A equipe do iBahia também flagrou alguns torcedores jogando lixo no chão. Poucas lixeiras estavam à disposição do público em todo o entorno; os pontos fortes ficaram por conta do policiamento e da sinalização até a chegada no estádio.