O comentarista econômico Carlos Alberto Sardenberg acredita que o rombo nas contas públicas, que fecharam o ano de 2014 com um déficit de R$32,4 bilhões foi uma tragédia anunciada. “Em dezembro, o ministro da Fazenda da época, (Guido) Mantega, dizia que ia conseguir fazer um superávit de R$10 bilhões e fez um déficit de R$32 bilhões. Como é que não viram as contas antes? Em 2014, o governo arrecadou R$40 bilhões a mais do que em 2013, mas gastou tudo e ainda ficou devendo”, analisou em uma entrevista durante passagem pela Rede Bahia, ontem, quando foi recebido pelo presidente Antonio Carlos Júnior. Sardenberg acredita que, de uma forma ou de outra, os problemas vão impactar o bolso do consumidor. “Nós vamos pagar mais impostos, mais tarifas e vamos pagar com um desemprego maior. Afinal, a economia do país não vai crescer este ano”, afirmou. Ele também se mostrou preocupado com a situação da Petrobras. “Houve problemas de gestão e políticos também. Enquanto iniciava a exploração do pré-sal, por exemplo, que é uma exploração cara, a Petrobras se meteu a fazer quatro refinarias ao mesmo tempo”, lembra. Segundo ele, isso contribuiu para que a empresa ampliasse o nível de endividamento. “Na política, a empresa apostou em projetos ruins, inviáveis, como é o caso das refinarias do Maranhão e do Paraná, frutos de uma promessa do ex-presidente Lula”, lembrou. De passagem pela Bahia para ministrar uma palestra na Praia do Forte, o jornalista, que tem 43 anos de carreira, comandou o programa CBN Brasil direto do estúdio da rádio da capital baiana. No clima do Dois de Fevereiro, cumprimentou os ouvintes com o Odoiá - a saudação à rainha do mar. “Adoro o CBN Itinerante, além de conhecer colegas de outras regiões”, afirmou o jornalista.
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