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SALVADOR

Racismo no carnaval de Salvador será tema de investigação

Somente no ano de 2011, foram registradas 204 ocorrências de racismo. O resultado da pesquisa deverá ajudar na elaboração de políticas públicas

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17/11/2011 às 10:03 • Atualizada em 31/08/2022 às 12:18 - há XX semanas
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O racismo no Carnaval de Salvador. Esse é o tema da pesquisa que será lançada, nesta sexta-feira (18), pelo Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia), no Auditório Jurandir Oliveira da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). O principal objetivo é investigar os casos e a incidência das manifestações de discriminação racial durante a festa. No Carnaval de 2011, o Observatório da Discriminação Racial, que faz parte da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), registrou 204 ocorrências de racismo. “Queremos compreender o racismo no Carnaval de Salvador, já que partimos do pressuposto de que uma grande parcela da população negra fica à margem da festa. Estudando o motivo vamos poder elaborar alternativas e pensar em políticas públicas que possam modificar essa realidade”, explica o professor Valdélio Santos, um dos coordenadores da pesquisa. Inicialmente, a pesquisa será feita com a aplicação de um questionário para o público que já participou da folia. As 46 perguntas, com distintas abordagens, poderá ser respondida por residentes ou não da capital baiana. Para participar, bastar acessar o site oficial do projeto e cadastrar o email. Na mesa de abertura, além do reitor da Uneb, Lourisvaldo Valentim, estará presente o secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Elias Sampaio e o presidente do grupo Olodum, João Jorge Rodrigues. Agressão verbal A polêmica sobre o racismo no Carnaval ganhou novamente destaque este ano. O cantor do Psirico, Márcio Victor, durante o desfile no sábado de carnaval, teria sofrido agressões verbais de cunho racista por parte de um empresário, que estava no Camarote do Reino. Segundo ele, o homem teria usado termos como "favelado", "pobre", "negro" e também o acuso de incitar a violência em suas músicas. "Esse cara merece ser preso, ele mesmo. Você merece ser preso por discriminação a minha raça ao meu povo. Você disse tudo (ofensas), que eu ouvi, seu idiota. O meu povo está cansado de sofrer.”, disse Márcio indignado. O crime de racismo tem pena prevista de dois até cinco anos de prisão quando comprovado. [youtube ~t-4qPeBcBaY]

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