A requalificação da orla do bairro de Stella Maris, em Salvador, já começou: moradores e turistas observam no local a construção de duas estruturas de concreto, iniciada desde o último mês. Ao todo, o projeto Nova Orla prevê a construção de três quiosques na praia, até 13 setembro. Ainda não está definido quais empresas vão ocupar os espaços - a contratação é feita pelas empresas que constroem os quiosques.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), responsável pela implantação das estruturas, elas serão iguais às instaladas em Piatã, Itapuã e no Rio Vermelho. O subsecretário de Cultura do município, Fábio Rosa, disse que a empresa Salvador Kiosk, que venceu a licitação para instalação dos equipamentos de Salvador, foi notificada para levantar 16 novas estruturas no dia 16 de maio e tem um prazo de 120 dias para concluir as obras.
(Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO) |
“(Esses) São dois quiosques previstos no projeto de instalação de 120 na cidade e fazem parte de uma nova etapa do contrato com a concessionária, que vai recebendo as notificações para construir e vai cumprindo o prazo”, disse Fábio.
A obra chamou a atenção de moradores e vendedores da praia porque os quiosques começaram a ser levantados antes da requalificação do trecho de orla e não há placas de informação sobre a obra.
“Há uns três meses começaram a colocar um calçamento e tem uns 20 dias começaram a construir os quiosques, mas não sabemos o que é. Não entendi por que os quiosques começaram antes da requalificação da orla”, disse o engenheiro Tássio Maia, 25 anos, morador de Stella Maris.
O subsecretário Fábio Rosa explicou o cronograma “invertido”. Segundo ele, quando os quiosques de Piatã foram instalados após a conclusão da requalificação do entorno, parte do calçamento cedeu com o peso e foi preciso fazer reparos.
“Foi uma decisão nossa de colocar os quiosques antes: primeiro, porque a gente quer eles funcionando no Verão e segundo porque, após a requalificação, tivemos prejuízo na hora de colocar os quiosques”, disse. Sobre a ausência de placas, Fábio Rosa disse que não houve esse tipo de sinalização em nenhuma das outras obras.
Por conta da ausência de placas, moradores denunciaram a obra para a prefeitura e para a Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU/BA). Procurada, a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) confirmou que o projeto faz parte da Nova Orla. Já a SPU informou que a documentação sobre a regularidade da obra pode ser entregue até o próximo dia 29.
13 quiosques Além dos dois quiosques que já estão sendo construídos em Stella Maris, a praia receberá mais um até setembro. Outros 13 também foram autorizados pela Secult no dia 16 de maio, com mesmo prazo de conclusão em 13 de setembro: serão dois em Piatã, três entre a Praia do Flamengo e Ipitanga, dois na Ribeira, três em Tubarão e três em São Tomé de Paripe.
Dos 120 quiosques previstos para toda a orla de Salvador, é possível que um lote não seja instalado, de acordo com o subsecretário de Cultura, Fábio Rosa. É que, de acordo com ele, a SPU decidiu reavaliar.
“A gente não deve alcançar esse número de 120 quiosques, porque a SPU decidiu rever o lote das ilhas e não deve mais autorizar os 20 quiosques de lá”, disse Fábio Rosa. O projeto inicial prevê seis quiosques em Paramana, três na Ilha de Maré, dois em Bom Jesus, um na Costa de Fora (Frades) e oito na Ponta de Nossa Senhora (Frades).
A Secult aguarda, ainda, a autorização do prefeito ACM Neto (DEM) para um modelo especial de quiosque na Barra. Para lá, estavam previstos quatro, mas é possível que o número seja reduzido, segundo Fábio. Esqueleto da construção agora é de concretoHá outra mudança nos quiosques de Stella Maris: o esqueleto da construção, que antes era oco, agora de concreto. O engenheiro e proprietário da empresa Salvador Kiosk, Antônio Martins, disse que a estrutura interna do quiosque foi alterada por conta de alguns problemas encontrados nos demais já inaugurados, em Piatã, Itapuã e Rio Vermelho. “O calor da Bahia é extenuante e o aço dilata de uma forma, a placa cimentícia de outra e o revestimento cerâmico de outra. A gente já teve problemas estruturais gravíssimos que estamos tentando resolver e agora estamos criando uma nova estrutura de placas de magnésio, que não pega nada de maresia, é antipichação e tem melhor conservação”, disse Martins. Segundo ele, o aspecto visual externo dos quiosques será igual aos já prontos. Os quiosques de Stella Maris terão, cada um, 50 m² de área e a empresa recebe, por cada um deles, R$ 54 mil.
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Redação iBahia
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