O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ofereceu denúncia, nesta sexta-feira (30), contra quatro pessoas envolvidas no ataque ao ônibus do Esporte Clube Bahia, que ocorreu em fevereiro deste ano, em Salvador.
De acordo com informações do MP-BA, Hugo Oliveira da Silva Santos, conhecido como “Garrote”, Janderson Santana Bispo, vulgo “Jau”, Marcelo Reis dos Santos Junior, conhecido como “Sub”, e Marcelino Ferreira Barreto Neto foram denunciados por crime de tentativa de homicídio.
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O promotor de Justiça Antônio Luciano Assis informou que os quatro homens foram identificados como autores do delito. Todos são integrantes da torcida organizada Bamor, e teriam agido em comunhão de propósito para que o veículo viesse a ser atingido”.
O ônibus transportava a delegação e agremiação do clube para participar de uma partida de futebol na Itaipava Arena Fonte Nova, no dia 24 de fevereiro, quando, inesperadamente, o veículo foi atingido por artefatos explosivos, narra a denúncia destacando que a ação teria causado lesões em dois atletas do clube.
Ainda segundo o promotor de Justiça, os envolvidos foram ouvidos no curso da investigação policial, ficando evidente, seja pelas versões apresentadas ou pelas imagens, a presença de todos no exato momento em que o ônibus foi atingido pelos explosivos, para logo em seguida, fugirem.
Antônio Luciano Assis ressalta que “os denunciados, ao arremessarem substâncias explosivas em direção a um veículo cujo combustível é inflamável, transportando várias pessoas, assumiram o risco da produção do resultado morte, o qual era não só previsível, mas também amplamente factível, e que não se consumou por razões alheias às vontades dos denunciados”.
O quatro suspeitos no envolvido no ataque ao ônibus do Bahia foram indiciados pela Polícia Civil. O inquérito foi concluído no início de junho pela 6ª Delegacia Territorial de Brotas. O inquérito foi prorrogado três vezes pela polícia.
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 24 de fevereiro, quando os jogadores se aproximavam da Arena Fonte Nova para um jogo contra Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste. O coletivo passava pela Avenida Bonocô, quando foi atingido pelos fogos de artifício. Um carro que passava ao lado também foi acertado.
Na época, o goleiro Danilo Fernandes foi atingido no rosto, perto do olho, além de outras partes do corpo, e precisou passar por cirurgias. Ele ficou alguns dias internado. Matheus Bahia também teve ferimentos, contudo, de menor gravidade. A motorista do carro que passava ao lado não teve ferimentos.
Ao longo de 4 meses, o prazo para entrega do inquérito foi prorrogado 3 vezes.
Em entrevista ao ge, o advogado que representa a Bamor, Otto Lopes, chegou a afirmar que, no dia do ataque, os envolvidos soltaram fogos como forma de incentivar o time antes da partida.
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Redação iBahia
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