Após rumores de uma nova paralisação tomar conta de Salvador, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, emitiu um comunicado afirmando que qualquer movimento só devera acontecer após um prazo de dez dias, contatos a partir da última quinta-feira (29), em que foi homologado o acordo entre rodoviários e empresários, caso não seja cumprida a redução da jornada como determinou a reunião. Na nota, o presidente pede serenidade diante dos boatos de que haveria uma paralisação do sistema nessa segunda-feira (2). O Sindicato não assinou nem autorizou qualquer convocação de movimento nessa data. Na nota, Hélio Ferreira explica que os sindicatos patronais pediram um prazo de dez dias para atualizar a escala de trabalho. Ainda de acordo com Hélio, muitos rodoviários já estão cumprindo a nova escala de 7h trabalhadas e 20 minutos de descanso, mas outros continuam com jornadas de 8h. Esses receberão o excedente como extra. " Pedimos a todos que tenham serenidade nesse momento e confiem no presidente. O patronato, durante o fechamento do acordo, pediu um prazo de dez dias (contados a partir da última quinta) para atualizar a escala de trabalho, como vem sendo informado pelos diretores do Sindicatos nas suas garagens. Quem fizer jornada maior do que 7 horas trabalhadas receberá o excedente como hora-extra. Pedimos paciência. É importante que todos estejam conscientes de que qualquer ação mais precipitada pode comprometer todo o esforço da nossa campanha que resultou em um dos melhores acordo do país. Contamos com a compreensão de todos", afirmou. A audiência foi realizada na última quinta-feira (29), no Tribunal Regional do Trabalho da 5°Região (TRT5-BA), celebrou e homologou o acordo entre rodoviários e patrões, aprovado por mais de dois mil votos a favor e apenas 5 votos contra, em assembleia realizada na tarde da última quarta-feira (28) no SINERGIA.
A greve dos rodoviários terminou na última quarta-feira (28), após a categoria aceitar a proposta de reajuste de 9% mais o valor de R$14 em ticket alimentação e a redução de jornada de trabalho para 6h40 mais 20 minutos de descanso. Houve também o acordo para o fim da contrapartida de 5% no ticket para o trabalhador e a implementação da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). Além disso, a prefeitura garantiu o pagamento da gratificação do Carnaval. O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo acrescentou que a expectativa é colocar 100% dos coletivos nas ruas ainda nesta quarta. Rodoviários X Barramar Depois que a empresa Barramar anunciou falência na última semana, alguns rodoviários ameaçaram uma nova paralisação. A equipe do iBahia entrou em contato com Daniel Mota, diretor de imprensa do sindicato dos rodoviários, que afirmou um receio dos motoristas. "A Prefeitura garantiu a indenização e emprego dos trabalhadores, mas a empresa está acabando e eles estão receosos sobre pagamento e indenizações. Mas o sindicato está acompanhando de perto para que não haja nenhum movimento", afirmou. Segundo Fábio Mota, secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador, a empresa comunicou há 30 dias que não possui mais condições financeiras de circular pela cidade. Ainda de acordo com o secretários, os funcionários da Barramar serão realocados para outras empresas de transporte. Ele também garantiu que a população atendida pelas linhas até então operadas pela Barramar não ficará sem transporte. Tais linhas já estão sendo remanejadas. "Vamos fazer essa transição sem o descontinuamento das linhas", afirmou. Na última sexta-feira (30), a assessoria de comunicação da Prefeitura afirmou que a Transalvador remanejaria as 55 linhas linhas e que seriam distribuídas entre 15 empresas de transporte coletivo. “A redistribuição das linhas e da frota de 218 veículos da Barramar foi realizada com base em critérios técnicos, levando em consideração a necessidade de manter o equilíbrio do sistema de transporte público da cidade”, informou o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller. A empresa Barramar, segundo Muller, garantiu que vai cumprir todos os compromissos trabalhistas com os funcionários demitidos. “Há também um acordo fechado entre a Transalvador, o Sindicato dos Rodoviários e o Setps para absorver a mão-de-obra liberada com o fechamento da Barramar”, diz o superintendente. Confira quais empresas irão operar cada rota
Rumores de uma nova paralisação tomou conta da capital baiana na última semana |
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