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SALVADOR

Prefeitura quer mais fiscalização e banheiros durante o carnaval

O secretário municipal de Desenvolvimento, Cultura e Turismo falou que haverá mais banheiros em contêineres e prevê aumento no número de ambulantes regularizados

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16/05/2013 às 9:22 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:15 - há XX semanas
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Apesar de ainda faltarem 292 dias para o Carnaval, algumas mudanças para a folia foram antecipadas e debatidas ontem, no segundo dia do Seminário Panorama Carnaval. O secretário municipal de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani, falou durante o painel Governança Um Desafio Público e Privado e garantiu mudanças. Ele anunciou que haverá mais banheiros em contêineres. No último ano, 5% dos banheiros foram nesse modelo e a expectativa é de que em 2014 esse percentual cresça para 30%.
Ideia é que os ambulantes no circuito sejam uniformizados, com colete, crachá e identificação no isopor
O uso do espaço para publicidade, como este ano utilizado por uma cervejaria, se mantém. “O custo disso não é razoavelmente maior (do que o dos sanitários químicos)”, estima Guilherme. Outra mudança definida pelo Grupo de Trabalho (GT) do Carnaval — formado por 13 secretarias e que desde a festa deste ano montou um diagnóstico que foi finalizado esta semana — prevê o aumento no número de ambulantes regularizados. Este ano, foram 3.500 legais. Para o presidente da Associação de Profissionais Empreendedores Individuais da Bahia (Amei-BA), Jorge Valentin, o aumento é mais do que necessário, considerando o envolvimento de mais de 30 mil pessoas na informalidade trabalhando no Carnaval. Para a Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura, o número é menor, em torno de 15 mil ambulantes. De todo modo, haverá mudanças na fiscalização. Os regulares passarão a ter colete, crachá e alguma identificação visual nos equipamentos que usam. “A fiscalização deve começar no ingresso do ambulante com o seu isopor no circuito”. Apesar dos ajustes, o secretário afirma que não haverá muitas mudanças. “A partir do momento que se coloca muito o dedo, corre o risco de azedar. Nosso interesse é jogar água em cima do monte e esperar que ela busque seu caminho”, filosofou. AfródromoE para onde vai o Afródromo? Segundo o vice-presidente do ComCar, Jairo da Mata, o que se discute agora é o desfile dos blocos afros, encabeçados por Carlinhos Brown, no circuito do Campo Grande. A outra possibilidade seria a criação de um novo circuito no Comércio. Apesar de indicar que o martelo ainda não foi batido, Bellintani antecipou a possibilidade de a concentração do Afródromo ser próximo ao Hotel da Bahia e o Palácio da Aclamação, no Passeio Público, dando a volta no Campo Grande e retornando à Avenida Sete de Setembro. A inversão do circuito Osmar (Campo Grande) ou a exclusão do retorno dos trios na Avenida Carlos Gomes são questões ainda indefinidas. E artista que quiser desfilar com apoio da prefeitura terá que chegar cedo para pedir apoio. “Acabou essa história de 10, 15 dias antes do Carnaval artista pedindo dinheiro para sair porque já desfila há dez anos, porque é importante. Quem quiser participar da festa deverá se antecipar, apresentar projeto detalhado do desfile e dizer porque é importante para a cidade”. Com os projetos em mãos, a prefeitura deve pleitear verba através da Lei Rouanet, lei federal de incentivo à cultura. “Trios que saem com mais gente em cima do que em baixo devem dar lugar para novas ideias”, alerta Bellintani. Este ano, dos R$ 7 milhões investidos pela Saltur no Carnaval, R$ 2 milhões foram para apoio a blocos, artistas ou trio. Fila Durante sua apresentação no painel, Pedro Costa, presidente do ComCar, anunciou mudança para evitar as confusões na ordem da fila: a partir do próximo ano a junção de blocos para desfilar só será permitida entre blocos que nos últimos dez anos ininterruptos desfilaram no circuito. Os blocos novos irão para o final da fila. “Algumas irregularidades cometidas no Carnaval fazem com que o conselho se renove a cada ano”. A mudança ainda será deliberada pelo Conselho. Na quarta, o Grupo de Trabalho (GT) do Carnaval, representado por 13 secretarias e órgãos municipais, se reúne com o prefeito ACM Neto para apresentar o resultado dos debates. As propostasAmbulantes - Aumento e uniformização Prefeitura pretende ampliar os atuais 3.500 ambulantes regulamentados. Os trabalhadores ganharão crachá e uniformização, inclusive para isopor, o que deve facilitar a fiscalização. Afródromo - Comércio ou OsmarAlém da possibilidade da criação de um novo circuito no Comércio, a prefeitura estuda que blocos afros e afoxés se juntem ao circuito Osmar, como aconteceu este ano. Sambistas já reivindicam também o desfile. Banheiro - Mais contêineres Mais banheiros em contêineres e menos sanitários químicos. A prefeitura pretende que 30% dos banheiros sejam em contêineres, que também são explorados com a venda de publicidade. Hoje são 5%. Fila - União de blocosO Conselho do Carnaval vai regulamentar a junção de blocos para evitar venda ilegal de espaço. Agora, só blocos que desfilaram nos últimos dez anos ininterruptos podem se juntar. Blocos novos vão para o final da fila. Trios - Projetos prévios Artista terá que fazer plano detalhado sobre a participação no Carnaval para conseguir apoio da prefeitura para botar seu trio na rua. Incentivo a patrocínio com a iniciativa privada e inscrição dos projetos na Lei Rouanet está em pauta. Matéria original do Correio Prefeitura quer mais fiscalização e banheiros em contêineres durante o carnaval

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