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SALVADOR

Praça do Terreiro do Gantois é reinaugurada; confira

Obras de requalificação da Praça Pulchéria duraram cerca de três meses

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30/05/2015 às 17:57 • Atualizada em 01/09/2022 às 22:59 - há XX semanas
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A Praça Pulchéria, localizada no entorno do Terreiro do Gantois, no bairro da Federação, em Salvador, foi entregue na tarde deste sábado (30), após passar por uma reforma. As obras de requalificação duraram cerca de três meses e receberam um investimento de R$70 mil.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também contribuiu com a requalificação e trocou o gradil que cerca a praça. Todo o processo de reordenamento promovido pela Prefeitura e Iphan foram executados após diálogo e aprovação da comunidade. O piso, que estava degradado, representando risco para quem visitava o espaço ou simplesmente passava pelo local, foi trocado, mas manteve as características originais do espaço, assim como os mosaicos.
O evento festivo de entrega dos equipamentos contou com a presença de Mãe Carmen, responsável pelo terreiro, do prefeito ACM Neto e de Carlos Amorin, superintendente do Iphan na Bahia. Também estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal, Paulo Câmera, o vereador Edvaldo Brito e o deputado federal Antonio Imbassahy, entre outras autoridades políticas, religiosas e da comunidade que frequenta o Gantois.
"Sempre que venho aqui sinto a presença de Mãe Meninha, embora não a tenha conhecido. Isso é inexplicável. Como também não posso esquecer nesse momento a figura do meu avô, que frequentava essa casa e era muito ligado a Mãe Meninha", afirmou ACM Neto.
"Essa é sem dúvida uma homenagem também a Mãe Carmen pela forma como ela atende as pessoas e como esse espaço é importante para a história e o dia a dia de Salvador. Todos somos devedores e a cidade agradece que a parceria entre a Prefeitura e o Iphan resulte em ações como esse e inúmeras outras", acrescentou o prefeito.
Mãe Carmen, Iyalorixá do terreiro, agradeceu o empenho da Prefeitura e do Iphan. "Esse momento é de festa e agradecimento. c", disse. "Valorizar e requalificar espaços como esse são processos fundamentais para o resgate da nossa história, cultura e identidade", acrescentou Carlos Amorin.
História
O Terreiro do Gantois é considerado área de proteção cultural e paisagística pela Prefeitura de Salvador (desde 1985) e é tombado pelo Iphan como Patrimônio Histórico e Etnográfico do Brasil (a partir de 2002).
O nome oficial é lé Iyá Omi Àse Iyamasé, mas é conhecido popularmente como Gantois. Ele foi fundado em 1849 pela africana Maria Júlia da Conceição Nazareth, constituindo-se num espaço sagrado de longa expressão religiosa e notável santuário que mantém os costumes e os legados milenares dos povos Iorubá (Abeokutá),
O terreiro segue uma tradição matriarcal com base na estrutura familiar de manutenção dos laços parentais, onde as dirigentes são sempre do sexo feminino obedecendo aos critérios de hereditariedade e consanguineidade. O nome Gantois deve-se ao antigo proprietário do terreno, o traficante de escravos belga Édouard Gantois, que arrendou as terras a Maria Júlia da Conceição Nazareth.

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