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Policial Civil baleado em confronto durante operação em Valéria recebe alta médica

Investigador Vockton Carvalho estava internado desde sexta-feira (15), após ser atingido em operação com cinco mortos

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Redação iBahia

21/09/2023 às 6:10 • Atualizada em 21/09/2023 às 11:53 - há XX semanas
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					Policial Civil baleado em confronto durante operação em Valéria recebe alta médica
Foto: Alberto Maraux

O agente civil Vockton Carvalho, que foi atingido por estilhaços no rosto durante o confronto entre policiais e grupos criminosos em Valéria na última sexta-feira (15), recebeu alta do hospital. A informação foi divulgada pelas redes sociais de colegas do investigador, que faz parte do CORE (Coordenação de Operações e Recursos Especiais).

Vockton Carvalho estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sexta, após ser atingido durante a operação que resultou na morte do agente federal Lucas Caribé de Almeida, de 42 anos, e quatro suspeitos. O policial passou por cirurgia em um dos olhos.

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Em nota, Polícia Civil informou que o policial segue o tratamento de casa com o auxílio do Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional da Polícia Civil (DPSV).

A esposa do investigador concedeu uma entrevista a TV Bahia na quarta-feira (21), e contou que existia a possibilidade de Vockton Carvalho perder a visão.

"Está todo mundo na dúvida ainda, se volta a enxergar, se não volta. O objetivo é garantir toda a assistência que ele precisar", disse a esposa do investigador.

Ainda segundo ela, Vockton Carvalho Freire passou por duas cirurgias no antebraço e o resultado dos procedimentos foi considerada satisfatória pelos médicos.

A família do investigador chegou a fazer uma vaquinha online para pagar o tratamento do investigador. No entanto, conforme a esposa de Vockton Freire, o dinheiro será devolvido porque o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, determinou que o Estado custeie os gastos.

Operação com morte de PF

A operação começou na sexta-feira (15), na região de Valéria, em Salvador, quando o policial federal Lucas Caribé, de 42 anos e quatro suspeitos morreram. Outros dois agentes, Vockton Carvalho e policial federal, ficaram feridos. Lucas Caribé Monteiro de Almeida chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os quatro homens que morreram na sexta-feira são suspeitos de fazer parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois morreram no momento do tiroteio, e os outros, horas depois, em uma região de matagal, entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.

No sábado (16), foi informado pela SSP-BA que o quinto suspeito foi morto após troca de tiros com equipes da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) e da Polícia Federal no bairro de Mirante de Periperi. Os agentes chegaram ao local após receberem denúncia anônima. Ainda segundo a SSP-BA, o suspeito foi atingido e socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu. O restante do grupo fugiu do local.

No domingo (17), outros dois suspeitos de terem participado do confronto que resultou na morte do policial federal morreram depois de uma troca de tiros com a polícia. Segundo a SSP-BA, os suspeitos foram vistos quando saíram de uma área de mata fechada e tentavam se esconder em um apartamento no Conjunto Paraguari II, no bairro de Periperi.

Na tentativa de prisão, a dupla teria entrado em confronto com a polícia, que revidou. Houve troca de tiros, os suspeitos foram baleados, socorridos, mas não resistiram.

Na segunda-feira (18), mais dois suspeitos morreram em novo confronto com a polícia. Um foi localizado no bairro de Periperi e outro na Palestina. Dois suspeitos estão preso.

Apenas um suspeito teve o nome divulgado. Uélisson Neves Brito, conhecido como "Cara Fina", era procurado por atuar no tráfico de drogas da região e fazia parte do Baralho do Crime, da Secretária de Segurança Pública (SSP-BA). A secretaria informou que não vai divulgar os nomes dos outros suspeitos mortos no confronto.

As polícias Militar, Civil e Federal seguem com as ações de inteligência contras as facções. Informações sobre os criminosos que atuaram no confronto em Valéria podem ser repassadas, de forma anônima, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP).

Policiais foram surpreendidos

Os policiais federais e civis que participaram da operação de sexta-feira (15), no bairro de Valéria, em Salvador, foram surpreendidos pela presença de integrantes de grupos criminosos que estavam prestas a entrar em confronto na região.

De acordo com fontes da TV Bahia e g1, a situação começou quando integrantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) planejavam uma ação contra o grupo criminoso que atua no local.

No entanto, ao chegaram no bairro, os policiais encontraram integrantes de um outro grupo, que pretendiam fazer a retomada da área. Um confronto foi iniciado entre os agentes e os suspeitos, que estavam fortemente armados.

Durante coletiva para apresentar o resultado da "Operação Fauda", ainda na sexta-feira (15), o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, explicou a situação.

"As equipes policiais ao se deslocarem para a realização da operação se depararam com um 'bonde', onde houve a situação de enfrentamento que ocasionou, infelizmente, na morte do policial, no ferimento de outros dois policiais, e na morte de dois criminosos que ali se encontravam”, contou.

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