A Polícia Civil está apurando uma denúncia de agressão a um menino de 8 anos com autismo em Salvador. O caso ocorreu na Escola Municipal Roberto Correia, onde a criança estudava, no bairro de Pau da Lima. Outro garoto é apontado como autor do ataque pela mãe da vítima. A instituição nega a situação.
Em contato com o iBahia, a mãe da criança, Tatiana Santana, contou que se assustou ao buscar o filho na última quinta-feira (6). O menino estava com o olho roxo, além de outras escoriações. Na ocasião, foi dito que ele teria se batido com um colega enquanto estavam correndo. No entanto, a mãe não acreditou.
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Segundo Tatiana, essa não foi a primeira vez que o filho foi agredido. A mulher alega que já havia acontecido outras duas situações com o mesmo menino. "Das outras vezes eu deixei passar, mas dessa não. Estão esperando meu filho morrer? Da próxima vez eu vou buscar meu filho morto?", contou.
Ainda conforme Tatiana, após o caso, ela procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde o filho foi tratado. Na segunda-feira (10), ela registrou a situação na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). Além da agressão, ela reclama de negligência.
A mulher alega que o filho ficou traumatizado e não quer mais voltar à escola depois do ataque. Ela está pedindo a transferência da criança para uma outra instituição. Até lá, o menino está sem aulas. "Já procurei o Conselho Tutelar e eles estão em contato com a Secretaria de Educação".
Em nota, a Polícia Civil informou que foi expedida uma guia de lesão corporal para o menino fazer o exame, e que foram marcadas as visitas da mãe e da criança para serem ouvidos.
Já a Secretaria Municipal da Educação (Smed) informou, em nota, que a denúncia de agressão entre os alunos "não procede". A pasta reforçou a versão da gestão escolar, de que "as crianças estavam correndo em direção ao banheiro e se chocaram, causando o machucado no aluno".
"A criança recebeu da diretoria a devida assistência e a mãe do aluno foi informada de imediato sobre o incidente. A gestão escolar informou ainda que, recebeu um ofício expedido pela Delegacia de Repressão ao Crime Contra a Criança e o Adolescente (DERCA) que já está em análise", diz a nota.
Redação iBahia
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