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Advogado se recusou a fazer bafômetro |
O CORREIO teve acesso ontem a um documento que traz os depoimentos de dois policiais militares que apontaram sinais de embriaguez no advogado e professor universitário Roberto João Starteri, 38 anos, suspeito de ter provocado o acidente que matou o publicitário Daniel Paschoaliq Prata, 28, na madrugada do último sábado. Os PMs estiveram no local momentos após a colisão. Segundo o Auto de Constatação de Embriaguez, assinado pela delegada plantonista da Central de Flagrantes, Rosana Andrade, o advogado se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas apresentava sinais claros de embriaguez. Em um dos trechos do documento, a delegada afirma, com o aval dos policiais que realizaram a prisão do advogado, que “no momento da abordagem foi constatado que (Roberto) apresentava confusão mental, odor de álcool no hálito e nítidos sinais que de que havia ingerido substâncias alcoólicas”. O acidente aconteceu na Avenida ACM, próximo ao Parque da Cidade. O veículo do advogado, uma caminhonete Toyota Hilux, e o carro do publicitário, um Hyundai Sonata, se chocaram em um cruzamento. O publicitário morreu com o impacto e a carona, a médica Luciana Lucetti, sofreu diversas lesões, inclusive na cabeça. Ela segue em coma no Hospital São Rafael e respira com a ajuda de aparelhos.
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Carro do publicitário foi destruído na batida |
Segundo o advogado da família de Daniel, Bruno Nova, o documento foi anexado ao inquérito e deve servir como prova de que Roberto João tinha bebido antes do acidente. “Ele disse que não havia provas com validade de que ele estivesse bebendo no dia, o que não é verdade. O auto de embriaguez prova o contrário”, afirmou.
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A médica Luciana Lucetti está internada em coma; o publicitário Daniel Prata morreu na hora |
Nova disse ainda que aguarda o resultado da perícia das imagens e do local do acidente para anexar ao processo. O prazo para a conclusão dos laudos é de 30 dias após o fato. O advogado de Roberto não foi localizado para comentar o assunto.Nesta sexta-feira (14), familiares participaram da missa de sétimo dia do rapaz, em Ondina.A irmã de Daniel, Paloma Prata, não conteve as lágrimas. “Ele era o amor de minha vida. Não tenho palavras para descrever o que é passar meu aniversário na missa de 7º dia de meu irmão”.
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Familiares usaram camisa com foto de Daniel em missa de sétimo dia |
Matéria original: Correio 24h PMs relataram ‘odor de álcool no hálito’ de advogado após acidente que matou publicitário