Um levantamento relizado pelo Instituto Trata Brasil revelou que Salvador tem perda de 57% da água potável. Na prática, isso significa que cerca de 879 litros não chegam diariamente a cada ligação de água dos consumidores, que arcam com contas mensalmente.
Ainda segundo o Instituto, o percentual da capital baiana é maior que a média nacional que tem o índice de 36% e isso acontece desde o início da série histórica, em 2010. A menor perda registrada pelo Instituto foi em 2015, quando 46% de toda a água potável não chegou aos consumidores que arcaram com as contas. Desde 2016, o índice ficou acima de 51%.
Cabe ainda salientar, que essa perda de água não deve ser confundida com desperdício, que ocorre quando os consumidores deixam uma torneira ligada por muito tempo. A perda de água analisada pelo levantamento vai de encontro ao que é previsto pelo Marco Legal do Saneamento, sancionado em julho de 2020.
O documento indica que o índice de perda de distribuição de água seja reduzido para 25% até 2033.
Em Salvador, ao todo, existem 1.048.358 ligações de água. Ainda segundo a pesquisa, a multiplicação entre as ligações e o índice de perda leva à conclusão de que mais de 921,4 milhões de litros de água deixam de chegar pelas tubulações aos consumidores por furtos e problemas na rede.
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A redução de perdas de água nos sistemas de abastecimento é um objetivo estratégico da empresa, além de requisito legal do novo marco regulatório, traduzido na aplicação de recursos para a melhoria dos sistemas, renovação das tubulações, equipamentos e medidores de consumo, manutenção da infraestrutura, além de combate aos usos não autorizados.
Perdas reais - As perdas reais são combatidas nos sistemas de abastecimento por meio de um adequado controle operacional e manutenção do sistema, por meio de equipamentos de controle de vazão e pressão, e orientado por tecnologia de monitoramento remoto, para reduzir a ocorrência e o tempo de correção dos vazamentos.
Perdas comerciais - Para combater as perdas comerciais, ou seja, a água que não é contabilizada apesar de ter sido consumida nos domicílios, a Embasa investe constantemente na renovação do seu parque de hidrômetros e em relacionamento com os usuários, voltado à negociação de débitos, por meio de condições facilitadas, e à regularização das ligações com o fornecimento de água suspenso por falta de pagamento.
Furtos - Para combater os usos não autorizados, a empresa também atua, em alguns casos, juntamente com a polícia, em operações para desfazer as ligações clandestinas e multar as pessoas que fazem furto de água da rede pública distribuidora.
Redação iBahia
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