Peritos do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil (DPT) estão analisando pegadas de criança encontradas próximas à janela do apartamento localizado no 6º andar do edifício Morena Rosa, em Brotas, de onde caiu o garoto Guilherme Yokoshiro, 5 anos, na última terça-feira (24). Segundo informações da delegada Maria Dail, titular da 6ª Delegacia (Brotas), a perícia pretende identificar se as pegadas encontradas no local são recentes.
Fotos: Reprodução |
Além das pegadas, a rede de proteção da janela por onde o garoto caiu, além de uma tesoura, também estão sendo analisadas pelo DPT. O objetivo é identificar se há impressões digitais nos objetos e o peso suportado pela rede de proteção. “Os peritos estiveram no local novamente e identificaram as pegadas. A rede e a tesoura encontrada também estão sendo avaliadas. Esse foi o único objeto cortante encontrado próximo da cena e nós estamos avaliando para saber se há impressões digitais nela”, disse a delegada.
Segundo informações da polícia, Guilherme ficou sozinho em casa, dormindo, enquanto o pai, o engenheiro Rafael Yokoshiro, 30, saiu de casa durante a madrugada. Durante o enterro, o tio do menino, Cristiano Gouveia, 42, disse que Rafael saiu de casa para buscar atendimento médico após sentir dores na perna. A polícia ainda investiga a informações. A mãe de Guilherme, a enfermeira Carla Verena Oliveira, 33, trabalhava no momento em que o filho morreu.
Foto: Amanda Palma/Correio |
Ontem, Carla foi até a delegacia prestar depoimento. À polícia, a enfermeira informou que o marido era atencioso e que sempre demonstrou cuidado com o filho. Ela também considerou a morte uma fatalidade, e disse desconhecer o motivo da saída do esposo durante a madrugada. Abalado, Rafael foi até a delegacia prestar depoimento, mas não conseguiu falar. “Ele estava muito desolado. Permaneceu na sala por 15 minutos e sempre que alguma pergunta era feita ele só fazia chorar. Remarcamos e a expectativa é de que na próxima segunda ou terça-feira ele volte para que possamos ouvi-lo”, explicou Maria Dail.
Também em depoimento, um porteiro que trabalhava no prédio no dia da morte do garoto informou ter a impressão de já ter visto Rafael Yokoshiro sair de casa outras vezes no mesmo horário. Naquele dia, o empresário saiu de casa às 1h42 e retornou às 3h40. Na tarde de hoje, a delegada aguardava a chegada do segundo porteiro que trabalha no prédio à noite para prestar depoimento, marcado para às 17h. O CORREIO esteve na delegacia, mas até às 18h o funcionário do prédio não havia comparecido.
“Iremos ouvi-lo para tentar complementar as informações que já temos. Até o momento ele não chegou e o depoimento deve ser remarcado”, disse a delegada, que também ouviu Cristiano Gouveia na tarde de hoje. “Foi uma conversa informal e ele relatou que Rafael sempre foi muito ligado ao filho, sempre foi presente, inclusive visitava a família da mãe com a criança mesmo sem a presença dela (Carla)”, concluiu.
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