Os passageiros que estavam dentro do ônibus da linha Pernambués-Barra, atingido por um carro após o motorista que conduzia o veículo ser baleado, entraram em pânico ao ouvirem um tiro, na manhã desta sexta-feira (19). A cobradora do ônibus, Dalila dos Santos, 53 anos, só percebeu o que estava acontecendo quando os passageiros se jogaram no chão. “Só vi o pessoal se jogando no chão e depois a porrada. As pessoas se assustaram com os tiros, mas ninguém teve nada. Ainda bem que o ônibus estava parado”, disse a cobradora. O homem morto, identificado como William Barreto Mercês, 18, é suspeito de ter assaltado uma gari. Ele estava outro homem, que não teve a identidade revelada. Segundo moradores do bairro, a dupla de suspeitos é da Mata Escura.
William dirigia um Palio Adventure cinza, placa JPQ-3962, quando foi baleado - não há queixas na polícia de que o carro tenha sido roubado. Segundo informações da polícia, um outro carro parou ao lado do veículo e atirou no motorista. Ele foi atingido no ouvido esquerdo e o projétil atravessou a cabeça. William morreu no local. Em entrevista ao CORREIO, a gari que foi assaltada contou que estava trabalhando quando foi abordada por um dos suspeitos, que chegou xingando. Ele tomou o celular dela, que estava no bolso, atravessou a rua e entrou no carro dirigido por William. Após alguns metros, um carro encostou ao lado do carro dos suspeitos e um apessoa atirou contra o motorista. Depois que William perdeu o controle do carro e bateu contra um ônibus, o outro suspeito desceu do carro e saiu correndo em direção ao local do assalto. Foi quando a gari gritou por socorro e o apontou como assaltante. “Eu nunca fui assaltada na minha vida. Eles vieram fazendo arrastão desde lá de baixo”, contou a gari, que não quis ser identificada. Moradores da área relataram que a dupla fazia assaltos constantes nas últimas semanas. Assustada com o caso, a gari disse que vai mudar de local de trabalho. “Tô triste, viu? É a realidade da gente trabalhando. Eu não quero mais trabalhar aqui, já pedi transferência hoje, não fico mais aqui não”, disse. O celular dela foi recuperado, mas está com a polícia. Após os gritos da gari, a população conseguiu segurar um dos assaltantes. Um dos homens que ajudou a conter o suspeito contou que ele não admitiu que tinha praticado o roubo e alegou que tinha ido fazer um documento no bairro. Em seguida, admitiu que o celular estava no carro. O ônibus estava cheio no momento dos disparos, mas ninguém ficou ferido. O outro assaltante foi detido pelos policiais. Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) chegou por volta das 10h40 para fazer a perícia e remover o corpo da vítima. A pista só foi liberada por volta das 11h30.
Ônibus e carro obstruíram a via por três horas (Foto: Clarissa Pacheco/CORREIO) |
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Redação iBahia
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