O Parque Pedra de Xangô, localizado em Cajazeiras X, completa nesta quarta-feira (4) um ano de implantação. Aberto ao público, o local fica na poligonal da a Área de Proteção Ambiental (APA) Vale da Avenida Assis Valente e possui um importante papel cultural para a comunidade da região.
Em comemoração ao aniversário de implantação da área, representantes da prefeitura de Salvador e de entidades de matriz africana se reunirão para realizar o evento “Amalá – Aniversário das matriarcas”.
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A efetivação do Parque contou com a participação ativa da comunidade local, principalmente o povo de santo, acadêmicos, pesquisadores e ambientalistas. Além da vegetação remanescente de Mata Atlântica, a Pedra de Xangô, que foi tombada em maio de 2017 como patrimônio cultural de Salvador, tem uma importância sagrada no local.
A estrutura rochosa de oito metros de altura e, aproximadamente, 30 metros de diâmetro, é um marco histórico que simboliza a resistência daqueles que sofreram com a escravidão em Salvador, uma vez que servia como passagem e esconderijo de quilombolas perseguidos.
Segundo Vagner Rocha, gerente de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão responsável pelo tombamento, ressaltou que espaço reforça a força do povo negro e da diáspora africana em Salvador.
“É importante continuar reafirmando as contribuições, a cultura das comunidades de terreiro, que aqui já faziam seus rituais, uma área remanescente de quilombo. Estar aqui hoje, celebrando um ano da entrega e seis anos do tombamento, é acreditar que estamos no caminho certo, que a reparação histórica está acontecendo e que temos muito mais a fazer. Os caminhos estão abertos e temos muito a agradecer a Xangô e ao povo de santo por preservar o patrimônio, que é de toda Salvador”, afirma ele.
Redação iBahia
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