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SALVADOR

Paixão, futebol e amor: colecionadores contam suas histórias

Desde a infância, dupla de colecionadores reúne peças raras do futebol que agora estão disponíveis em exposição

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Redação iBahia

13/06/2018 às 10:13 • Atualizada em 31/08/2022 às 19:15 - há XX semanas
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A um dia da abertura da Copa do Mundo da Rússia, o iBahia resolveu bater um papo com quem leva a sério a paixão pelo futebol. O contador e empresário carioca Alex Braga divide a curadoria da exposição 'Paixão Nacional' com o também carioca e jornalista Marcelo Monteiro. O projeto reúne itens exclusivos do mundo do futebol e, obviamente, passeia pela história do Mundial, com peças raras desde a década de 1930, e está em Salvador entre os dias 14 a 24 de junho.

Camisa autografada por Pelé - 1970

Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

Alex Braga começou a colecionar peças ligadas ao esporte em 1978. "Fui movido pela curiosidade infantil, fui mexer em uma gaveta do meu avô, e lá encontrei uma coleção de notas e moedas antigas que ele fazia , era ano de Copa, poucas semanas depois um tio surgiu com o álbum. Ao ver o álbum me despertei pelo futebol", relembra. E foi na infância também que a paixão por colecionar arrebatou Marcelo. "Quando criança, eu já gostava de colecionar. Na época, eram chaveiros, álbuns de figurinhas e revistas. E como sempre gostei muito de futebol e de esportes, em geral, os itens relacionados ao tema sempre foram os meus preferidos. Depois, comecei a levar a coleção mais a sério. E passei procurar outros itens, como camisas, ingressos, medalhas, flâmulas, bolas, itens autografados", disse.

Disco 'Voa, Canarinho', 1982 Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

Para Alex, é difícil definir a peça mais rara do acervo, mas alguns itens ganharam destaque pela raridade, como o passaporte do zagueiro Domingos da Guia, que teve passagens por clubes como Vasco, Flamengo e Boca Juniors."Lá (no passaporte) estão registradas várias viagens do atleta ao longo da carreira , é uma peça única, posso mencionar também a placa de madeira que foi distribuída na entrada da tribuna de honra aos convidados do jogo inaugural do estádio na Copa de 50, acompanhada do certificado de originalidade (que era feito de um papel bem frágil) , é uma grande raridade.

Bandeira uruguaia de 1930 Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

Esta peça foi cunhada a mão em um pedaço de pinho do Paraná,com a tiragem de apenas de 300 unidades e nem o próprio Maracanã possui uma delas", pontua. Marcelo pontuou a camisa da Copa de 58, por ser a da primeira Copa que o Brasil, como um artigo difícil de conseguir.

Alguns itens do acervo foram adquiridos durante os campeonatos, outros comprados em feiras, além da ajuda de pessoas que conheciam o hábito dos colecionadores e, também, a compra pela internet com vendedores em vários lugares do mundo."Já obtive itens para a minha coleção em países como Grécia e Hungria, por exemplo", recorda Marcelo.

Caixinha de chiclete do álbum da Copa de 1982Foto:Reprodução/Acervo Pessoal

Os curadores da exposição explicam que a escolha por colecionar peças do esporte tem um papel fundamental na preservação da história e da memória do futebol. "Todo brasileiro comeu pipoca em família em frente a uma TV assistindo um jogo da seleção em Copa do Mundo. Preservar estes itens , significa preservar estes momentos raro de união do povo brasileiro.Enquanto existirem os álbuns de figurinhas é garantia de que o sentimento de colecionar estará preservado", pontua Alex. Para Marcelo, ser um "guardião da história do futebol" ocupa um papel, muitas vezes, esquecidos até pelos próprios clubes. "Muitos clubes ou entidades não se preocupam muito com essa área, de preservar o passado. Por isso, colecionadores particulares, ao cuidar destas peças, ajudam a manter a história viva e podem mostrá-la para as novas gerações", afirma.

E quando chegamos às cifras para estimar o valor total do acervo, os colecionadores fazem mistério e falam do valor sentimental. "É o valor de uma vida, é o valor de um sentimento que exercido por várias décadas nos proporciona esta oportunidade de compartilharmos com o povo baiano estas peças que nos acompanharam por toda vida", resume Alex.

Para você que ama futebol e é louco por Copa do Mundo e História, a exposição fica em Salvador entre os dias 14 e 24 de junho, na Avenida Tancredo Neves, 620, Caminho das Árvores, das 9h às 22h.

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