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SALVADOR

Pais de alunos da rede estadual são expulsos da governadoria

A expulsão dos membros da Associação de Pais que prestavam apoio à greve ocorreu por volta das 21h

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31/05/2012 às 7:52 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:29 - há XX semanas
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Os pais de alunos da rede estadual que estavam acampados em frente ao prédio da Governadoria foram retirados do Centro Administrativo da Bahia (CAB) pela Polícia Militar. A expulsão dos membros da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap) ocorreu por volta das 21h desta quarta-feira (30). Uma grade foi colocada ao redor do prédio. Viaturas da Polícia Militar, que cercavam o prédio, retiraram os manifestantes. Eles ainda acusam a PM de ter destruído os materiais usados para o acampamento. "Eu só vi isso na ditadura militar", disse revoltado o entomólogo e presidente da Associação de Mães e Pais de Alunos (Amap) do colégio estadual Serravale Antônio Daltro Moura, 62 anos, um dos pais acampados. A manifestação teve início às 9h desta quarta (30). Acompanhado da esposa e de dois dos três filhos, Daltro reuniu inicialmente um pequeno grupo de mães e de alunos para redigir uma carta, pedindo ao governador uma reunião. Aos poucos, o grupo foi crescendo e, à tarde, barracas de camping eram montadas no local. A decisão de acampar em frente à governadoria surgiu após perceber a dificuldade de negociação entre o sindicato dos professores (APLB) e o governo.
Pais e alunos da rede estadual estavam acampados em frente à Governadoria
"Já entregamos um requerimento de informações. A primeira proposta é que eles abram o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Queremos analisar e ver quanto tem comprometido – já que o governo alega não ter mais condições de aumentar o salário dos professores”, explica Moura. Por volta das 11h30, antes da expulsão, uma representante do gabinete do governador foi ao encontro de Antônio Moura para protocolar o pedido. O entrave para a reunião com Wagner, porém, foi o fato de o governador estar em viagem ao Rio de Janeiro, para um evento da Fifa. A historiadora Nádia Andrade, 42, esposa de Antônio Moura, diz que havia levado para o acampamento de greve material de iluminação, kits descartáveis para escovar os dentes, organizou quentinhas para as refeições, chás, sucos e água mineral.

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