O proprietário de pelo menos cinco estabelecimentos que funcionavam ilegalmente como laboratórios de análises clínicas e postos de coleta. A prisão do empresário Francisco Ferreira Benevides, 53 anos, ocorreu durante uma operação da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) e da Vigilância Sanitária (Visa) na quarta-feira (19). De acordo com a delegada Carla Ramos, titular da Decon, a denúncia de uma funcionária que suspeitou que sua assinatura estaria sendo falsificada para expedição de resultados de exames de clientes foi o que levou ao início da apuração. Ao chegar no local, a equipe da Polícia Civil não encontrou nenhum responsável técnico pelo laboratório, nem profissionais capacitados para a coleta de materiais de pacientes que, através de convênios e de forma particular, segundo a delegada, iam até os estabelecimentos realizar exames clínicos. “Recolhemos uma série de documentos que estão sendo analisados, acreditamos que as pessoas recebiam um diagnóstico que não tinha relação com a sua atual situação de saúde, inclusive podendo causar prejuízos à saúde dos clientes”. O empresário foi preso por estelionato e por induzir o consumidor ao erro por meio de afirmação falsa. A prisão ocorreu em um dos estabelecimentos, localizado na Rua Siqueira Campos, no Barbalho, de onde ele foi conduzido para o Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), no Complexo da Mata Escura. “Solicitamos ao juiz a conversão da prisão em flagrante para prisão temporária, embora um dos crimes seja afiançável, a situação dele é de preso temporário”, explicou a delegada.
O CORREIO não localizou os advogados do acusado nem outros representantes da empresa. A presença da Vigilância Sanitária junto com os policias confirmou, ainda, que as clínicas funcionavam em péssimo estado de higiene. A Visa autuou os estabelecimentos. Todas as clínicas eram cadastradas como Pedro Teixeira Ltda, e eram conhecidas como Multiexame, Pedro EPT e Climolab.As unidades funcionavam no Barbalho, Centro, Mouraria e Itapuã. Outras três unidades do mesmo dono (instaladas em Itapuã, na Mouraria, e no Edifício Totônia, na Avenida Sete de Setembro) tinham encerrado as atividades recentemente, segundo a Polícia Civil. “O que ele nos contou é que tinha uma outra empresa que faliu há oito anos, então acreditamos que, de lá para cá, ele tem atuado na ilegalidade”, afirmou a delegada.Os funcionários da empresa serão intimados para depor. A polícia ainda não sabe se eles tinham conhecimento das irregularidades na administração do local. O Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) deve ser convocado para esclarecer a situação dos funcionários junto ao órgão. “Pedimos que os clientes que se sintam lesados compareçam à Decon para depor”, pediu a delegada. A unidade policial fica na Rua Carlos Gomes, no Centro. Matéria Original Correio 24h: Pacientes de laboratórios que emitiam exames falsos podem depor na Defesa do Consumidor
Fachada no Barbalho de uma das clínicas fechadas pela Polícia Civil |
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