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SALVADOR

Paciente esquecida em ressonância avalia levar caso à Justiça

Advogada ficou presa no equipamento por cerca de 10 minutos, dentro de uma clínica no bairro do Itaigara

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Redação iBahia

15/03/2022 às 12:41 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:57 - há XX semanas
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Foto: Reprodução

A mulher que foi esquecida dentro de uma máquina de ressonância magnética, em uma clínica do bairro do Itaigara, avalia levar o caso à Justiça. Em entrevista ao iBahia, na manhã desta terça-feira (15), Laura Nogueira, de 48 anos, contou que já prestou queixa na ouvidoria da clínica Delfin e está em processo para prestar uma denúncia no plano de saúde Sulamerica.

“Estou analisando com minha advogada, estudando direitinho, mas ainda não está certo”, revelou Laura, que apesar de ser advogada não exerce a profissão.

O caso aconteceu na tarde do domingo (13). Um exame de ressonância da lombar e da cervical foi agendado às 11h e o atendimento começou a ser iniciado às 12h20. Laura tem 3 hérnias de disco em cada área, já citada acima. Pelo menos uma vez por ano, ela precisa ser submetida ao exame para acompanhamento médico. Mas, nunca tinha acontecido algo parecido.

Ainda em entrevista, ela contou que normalmente entra no tubo e permanece com os joelhos para fora da máquina. Ao chegar na sala, ela começou a fazer o exame até que tudo foi interrompido por conta de um problema do sistema. Laura explicou que a enfermeira relatou o problema e a encaminhou para outra sala.

Neste momento, o exame recomeçou. “O exame foi feito, a máquina desligou e eu fiquei esperando. Até que comecei a achar estranho, porque eles abrem de imediato. Eu comecei a balançar as pernas e notei tudo muito silencioso”, explicou ela.

Pouco tempo depois, Laura resolveu acionar o botão do pânico. Mas, nada estava em funcionamento. “Eu me desesperei bastante. Passei um bom tempo tentando me acalmar e foi horrível porque você não sabe o que está acontecendo do lado de fora”, detalhou.

A advogada só foi ‘encontrada’ por uma enfermeira e dois técnicos 10 minutos depois. “Eles estavam mais atordoados do que eu. E explicaram que uma biomédica, que estava em outro andar, estava fazendo meu exame. Ela teria que ter ligado para o andar de baixo e avisar aos técnicos para que eu pudesse ser retirada”.

O iBahia questionou se a Delfin prestou algum tipo de suporte depois do ocorrido e Laura respondeu: “Eles perguntaram se eu estava precisando de algo, mas não ligaram no mesmo dia. Só ontem, ao meio dia, que eles ligaram e pediram desculpas pelo ocorrido, mesmo de forma tardia", disse.

Sobre o sentimento diante de tudo que aconteceu com ela, Laura foi direta: “Estou rouca, um pouco abalada, mas vida que segue”, pontou.

A clínica informou em nota que, durante a realização do exame de ressonância, o próprio software acionou o travamento de segurança do equipamento e precisou ser reiniciado. Após apuração interna, foi verificado que, o tempo total entre o momento do travamento do sistema, o acionamento do botão de segurança pela paciente e sua retirada da máquina foi de aproximadamente cinco minutos. Importante ressaltar também que a paciente foi prontamente assistida e acolhida pela equipe assistencial, que estava monitorando a realização do procedimento.

Questionamento
Laura revelou ainda que não sabe como os enfermeiros a localizaram dentro da máquina. Isso porque um dos profissionais chegou a dizer, enquanto ela saia do equipamento, que o marido dela a procurava. Só que a advogada estava desacompanhada. "Eu achei estranho essa pergunta, mas eu só queria sair dali", disse. "Eu espero que ninguém passe pelo mesmo sufoco que eu passei", finalizou.



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