O repórter Marcelo Castro, um dos investigados pela Polícia Civil no "golpe do pix", afirmou que o dinheiro enviado pelo jogador de futebol Talisca foram depositados na conta da mãe da criança que estava doente. A afirmação foi feita durante uma entrevista ao canal Sem Censura TV, na quarta-feira (10).
"O advogado de Talisca me ligou e perguntou onde eu botaria o dinheiro. Os R$70 mil que ele botou caiu em 5 minutos na conta da mulher. A criança, no dia seguinte, morreu porque a médica do hospital não quis aplicar a injeção, parece", afirmou o jornalista.
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Marcelo Castro também reafirmou que não tem envolvimento no caso, e que está recebendo "apoio da classe policial" e da noiva. Ele também contou que ainda não prestou depoimento à Polícia Civil.
Ao ser questionado sobre a viagem que fez para Dubai quando o caso veio a público, o jornalista disse que ainda está pagando a passagem.
"A viagem estava programa com minha família para visitar meu irmão, que mora lá. Depois, minha noiva entrou na minha vida e comprou também a passagem. De repente lá recebi a mensagem que me acusaram de aplicar um golpe. A empresa falou 'Quando você voltar de férias a gente conversa' e já fui procurar meus advogados", revelou.
Sobre a BMW que possui, Castro disse que o veículo foi financiado em 48 vezes. Em outro momento da entrevista, Marcelo Castro atribui as acusações à "inveja" de colegas dentro da TV
"Dei entrada e estou pagando. Não é quitado". [...]Eu vou retornar para a mídia, grandão, destemido e sem medo", afirmou o jornalista.
Por fim, ele comentou sobre a relação com o apresentador Zé Eduardo, cujo programa tinha Marcelo Castro com um dos principais repórteres.
"Tinha ele como pai...e, de repente, nada. Tínhamos relação de pai e filho, todo mundo sabia, pela confiança e amizade que a gente tinha há 15 anos. De repente isso foi quebrado, não recebi ligação, nem mensagem. mas quem sou eu para julgar ele?", lamentou.
Entenda o golpe
Funcionários da Record TV Itapoan são investigados de ter desviado dinheiro de doação para o tratamento de uma criança com câncer. O caso veio à tona na sexta-feira (10), após divulgação do site Bahia Notícias. Um editor e dois repórteres estariam envolvidos no esquema, que começou em setembro de 2022.
Ao todo, o grupo teria arrecadado R$ 800 mil, que foram doados para a mãe de uma menina que precisava fazer um tratamento contra o câncer. Ela havia pedido ajuda durante o Balanço Geral Bahia, jornal da TV Itapoan apresentado por José Eduardo Bocão. A Polícia Civil investiga o caso.
De acordo com o site Notícias da TV, A mãe da criança fez um apelo ao vivo para tentar arrecadar dinheiro para o tratamento da doença, que tem altos custos.
Durante a exibição do apelo, foi exibido uma chave pix que não era a da mulher, mas sim de um dos envolvidos no golpe. O ex-jogador do Bahia, Anderson Talisca, que está atualmente no Al-Nassr, doou cerca de R$ 70 mil para o caso.
Em fevereiro, o jogador e a equipe dele entraram em contato diretamente com a mãe da menina, para abater o valor doado no Imposto de Renda. A mulher, no entanto, informou que havia recebido nenhum valor da emissora. Neste momento, o apresentador José Eduardo foi alertado.
Na época, foi divulgado que, revoltado com o roubo, Bocão repassou as informações para alta direção da Record e cobrou ações. A executiva de Salvador repassou o caso para São Paulo, que, após investigação interna, determinou a demissão de todos os envolvidos.
Redação iBahia
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