Ônibus voltam a circular no Nordeste e Santa Cruz

Os ônibus voltaram a circular normalmente na manhã desta quarta-feira (2) nos bairros da Santa Cruz e Nordeste de Amaralina. O policiamento foi reforçado pelas ruas dos bairros e o clima de tranquilidade foi retomado. Na tarde de ontem, por conta do medo e de um suposto toque de recolher, os rodoviários mudaram o final de linha de lugar.

Foto: Divulgação/Sindicato dos Rodoviários

Já no bairro do Vale das Pedrinhas, os ônibus não estão completando o itinerário. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os ônibus só voltarão a circular pelo bairro quando for instalada uma base móvel da PM no final de linha do Vale. A operadora de caixa Carla Costa, 32 anos, teve que andar até o ponto que fica na entrada do Vale das Pedrinhas para conseguir ir trabalhar. "Não está entrando ônibus nenhum. Tive que vir até aqui para conseguir". Ela contou que ontem, quando chegou em casa, por volta das 17h30, a rua estava completamente deserta. "Fiquei com medo porque não tinha ninguém andando na rua, só eu", disse. Segundo moradores, as escolas e creches que funcionam dentro do bairro também não abriram as portas hoje. Muitas crianças estão voltando para a casa. O comércio no vale das pedrinhas voltou a funcionar normalmente, no entanto, os Multicentro de Saúde está com as portas fechadas.

Foto: Luciano Junior

Algumas pessoas foram surpreendidas com o fechamento da unidade. A aposentada Eulália da Silva, 67 anos, foi ao posto de saúde para fazer um exame de sangue pré-operatório, mas foi informada que a unidade de saúde só vai funcionar a partir do meio dia. "Eu vi na televisão o ônibus queimado, mas não sabia que não estava funcionando. Vim da Vasco da Gama para cá sem saber". Já a dona de casa Inês Oliveira foi levar filha de 2 anos para uma consulta com o pediatra, que estava marcada para as 8h. "Eles ligaram para confirmar a consulta e hoje não abrem. Agora vou voltar depois do almoço pra ver", disse. Segundo Inês, o clima é de tranquilidade dentro do bairro. "Não ouvi nada essa noite", contou. A estudante Giovana Cerqueira, 14 anos, chegou a ir para o Colégio Estadual Alfredo Magalhães, mas foi informada que não haveria aulas. "Avisaram que não teria aulas por causa do que aconteceu", disse a aluna do nono ano. Ela não soube informar a previsão de volta às aulas.