Aproximadamente 80% dos novos integrantes da classe média brasileira são negros. Nos últimos dez anos, a classe média teve um crescimento de 38% e hoje abrange 53% da população, o que significa 104 milhões de brasileiros. Os dados são do estudo Vozes da Classe Média divulgado nesta quinta-feira (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. “Uma das característica da classe média é que os grupos que entraram eram os que estavam menos representados. Agora ela [classe média] é muito mais heterogênea do que era há dez anos. As empregadas domésticas que eram uma fração menor ampliaram a participação, os negros aumentaram. Quase 80% do aumento na classe média referem-se à população negra”, disse o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros. Com esse aumento, a representatividade entre negros e brancos na classe média ficou equilibrada. Um total de 53% da classe média é formada por negros e 47% por brancos. O estudo registra que esse equilíbrio, no entanto, não significa que as desigualdades raciais foram superadas, uma vez que perduram nas demais classes. Na classe alta, 69% são brancos e 31%, negros e na classe baixa 69% são negros e 31%, brancos. O estudo identificou também relações entre o emprego e a classe média. Dos trabalhadores ocupados – formais e informais –, 57% estão na classe média. Quando se leva em conta apenas os trabalhadores formais, esse número sobre para 58%. Veja também Governo estima que classe média movimente R$ 1 trilhão este ano
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