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SALVADOR

"Não era possível evitar lançamento do esgoto no mar", diz Embasa

Empresa afirma que não há risco de degradação ambiental. Ao todo, 756 milhões de litros de esgoto foram parar no mar

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28/03/2016 às 23:46 • Atualizada em 26/08/2022 às 19:21 - há XX semanas
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A Embasa informou que não era possível evitar o lançamento de esgoto no mar do Rio Vermelho após a interrupção de energia na Estação de Tratamento de Água do Lucaia causada por um acidente com um ônibus na Avenida Vasco da Gama, na última quinta-feira. Sem energia, não foi possível fazer o tratamento do esgoto e enviá-lo ao emissário submarino do Rio Vermelho.
Com isso, 756 milhões de litros de esgoto foram parar no mar. "Como o lançamento de esgoto na foz do Lucaia foi temporário e não é sistemático, pois Salvador conta com um sistema de esgotamento sanitário que atende cerca de 80% da cidade, cumprindo o que determina a legislação ambiental em relação à disposição oceânica de efluentes, a carga orgânica é digerida pela fauna e flora marinhos, sem risco de degradação ambiental", explicou a empresa, por meio de sua assessoria.
Foto: Marina Silva/CORREIO
Ainda segundo a Embasa, os esgotos são constituídos de 99,9% de água e de 0,1% de matéria orgânica e patogênicos (que causam doenças). "A interrupção das bombas da Estação de Tratamento de Água do Lucaia causou um impacto momentâneo às pessoas que frequentam praias próximas à foz do Rio Lucaia. Por isso, a Embasa recomendou que se evitasse o contato com o mar", disse a empresa.
Sobre como evitar acidentes como esse, a empresa informou que vai estudar formas de garantir o fornecimento de energia nessas situações, revendo seu plano de contingência, "no sentido de avaliar uma melhor proteção da sua linha de transmissão, que tem 3,7 km de comprimento, e avaliar outras alternativas de alimentação".
Nesta terça-feira (29), está prevista a divulgação do laudo técnico do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) sobre o derramamento do esgoto no mar do Rio Vermelho. O coordenador de monitoramento do Inema, Eduardo Topázio, informou que, após apuradas as circunstâncias do lançamento de esgoto no mar, os envolvidos na situação podem ser responsabilizados.
Correio24horas

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