A Embasa informou que não era possível evitar o lançamento de esgoto no mar do Rio Vermelho após a interrupção de energia na Estação de Tratamento de Água do Lucaia causada por um acidente com um ônibus na Avenida Vasco da Gama, na última quinta-feira. Sem energia, não foi possível fazer o tratamento do esgoto e enviá-lo ao emissário submarino do Rio Vermelho.
Com isso, 756 milhões de litros de esgoto foram parar no mar. "Como o lançamento de esgoto na foz do Lucaia foi temporário e não é sistemático, pois Salvador conta com um sistema de esgotamento sanitário que atende cerca de 80% da cidade, cumprindo o que determina a legislação ambiental em relação à disposição oceânica de efluentes, a carga orgânica é digerida pela fauna e flora marinhos, sem risco de degradação ambiental", explicou a empresa, por meio de sua assessoria.
Foto: Marina Silva/CORREIO |
Ainda segundo a Embasa, os esgotos são constituídos de 99,9% de água e de 0,1% de matéria orgânica e patogênicos (que causam doenças). "A interrupção das bombas da Estação de Tratamento de Água do Lucaia causou um impacto momentâneo às pessoas que frequentam praias próximas à foz do Rio Lucaia. Por isso, a Embasa recomendou que se evitasse o contato com o mar", disse a empresa.
Sobre como evitar acidentes como esse, a empresa informou que vai estudar formas de garantir o fornecimento de energia nessas situações, revendo seu plano de contingência, "no sentido de avaliar uma melhor proteção da sua linha de transmissão, que tem 3,7 km de comprimento, e avaliar outras alternativas de alimentação".
Nesta terça-feira (29), está prevista a divulgação do laudo técnico do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) sobre o derramamento do esgoto no mar do Rio Vermelho. O coordenador de monitoramento do Inema, Eduardo Topázio, informou que, após apuradas as circunstâncias do lançamento de esgoto no mar, os envolvidos na situação podem ser responsabilizados.
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