A mulher que foi agredida com um tapa no rosto, por um policial militar, contou nesta sexta-feira (20) que o delegado se recusou a pedir medida protetiva de afastamento para ela e a família. O caso aconteceu na Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, e foi registrado na Delegacia do São Caetano.
"Ele [delegado] disse que não haveria necessidade da medida protetiva, pelo fato de que o policial não anda por ali, e não tem por que ele estar andando ali – já que é uma rua sem saída que só mora familiares – e que, como eu sou de outra cidade, não tinha necessidade mesmo dele me dar essa medida protetiva", disse Marvis Machado em entrevista à TV Bahia.
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A situação aconteceu na última na tarde de quarta-feira (18), na 6ª Travessa Melo Moraes Filho, quando os policiais foram chamados para atender uma briga familiar. Segundo informações do g1 Bahia, desde 2016, que a família Machado tem convivido em conflito.
Parte da família informou que o PM já chegou no local alterado e gritando: “cadê ele? cadê ele?”. O vídeo mostra que uma mulher e duas jovens, que passam férias em Salvador, tentaram conversar com o militar, mas foram xingadas.
As imagens divulgadas nas redes sociais mostram a agressão. Em outro momento, quando a mulher está com o celular na mão, é possível ouvir que o PM fala: “Você vai apagar, se não vou te prender por desacato. Você vai para delegacia. Eu sou formado”. O PM, que é identificado na farda como “cabo Cotorse”, também manda a mulher calar a boca. Ele é lotado na 9ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). O caso foi registrado na Corregedoria da PM e na Polícia Civil.
Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que determinou a apuração dos fatos e o afastamento do policial das atividades operacionais.
Já a Polícia Civil informou que a mulher de 24 anos foi levada para a Central de Flagrantes sob a suspeita de desacato. Os PMs contaram ao órgão de investigação, que ela teria impedido uma abordagem durante uma denúncia de invasão à uma casa.
Ainda segundo a PC, ela foi ouvida na unidade e liberada. Na quinta (19), uma outra mulher registrou, na 4ª Delegacia Territorial (DT), uma ocorrência contra a pessoa conduzida à Central de Flagrantes na quarta.
A mulher alegou ter sido vítima de invasão de propriedade. A Polícia Civil informou que a denunciante relata a abertura do imóvel com a ferramenta conhecida como “pé de cabra”. Em relação a conduta dos PMs, a Polícia Civil não comentou o caso.
Em relação a conduta dos PMs, a Polícia Civil pediu para a reportagem entrar em contato com a PM e não comentou o caso. Em nota, a Polícia Civil informou que a 4ª DT/São Caetano, onde o caso é investigado, apura "a ameaça entre familiares envolvidos no caso mencionado, e não a conduta do policial militar".
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Redação iBahia
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