Morreu no último sábado (8), o historiador, teólogo, escritor e poeta, Walter Passos, aos 66 anos. De acordo com informação de familiares, o militante histórico do movimento negro desde a década de 70, faleceu vítima de uma diverculite perfurada - quando os divertículos ficam inflamados ou infectados, podendo apresentar abscesso - no pós-operatório de um câncer de próstata. O sepultamento do historiador aconteceu às 11h de domingo, no cemitério Bosque da Paz.
Nas redes sociais, a doutora Carla Akotirene escreveu que Walter "era um homem preto excepcionalmente corajoso, bem intencionado e ético, que organizou o Movimento de Negras e Negros Cristãos deste país".
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Walter Passos foi historiador, teólogo, escritor, poeta, panafricanista garveista e militante histórico do movimento negro desde a década de 70, quando fundou o Grupo Luis Gama no Rio de Janeiro. Foi membro do Movimento Negro Unificado na década de 80 e representou o Brasil na Consulta de Teologia Negra da América Latina e Caribe em 1988 no Panamá.
Atuou mais de 30 anos na educação, tanto na educação pública quanto na educação comunitária através de palestras, projetos, grupos e perfis em redes sociais. Transformando todos que tiveram a oportunidade de aprender com ele sobre o reconhecimento da ancestralidade africana e de sua potência na transformação das comunidades.
Autor de diversos livros, foi pioneiro ao publicar o primeiro livro sobre comunidades remanescentes de Quilombos no estado da Bahia em 1996. Publicou também livros de poesia, teologia e estórias infanto-juvenis, todos voltados à comunidade africana e diaspórica. Seus últimos trabalhos foram os livros infantojuvenis “Pedra de Nzazi, Xangô e Sogbo?” e “Pedra de Xangô: Patrimônio Cultural?”, onde foi co-autor.
Redação iBahia
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