Se, para o folião, curar a ressaca de Carnaval depende apenas de algumas horas de sono, para a natureza, o tempo para se regenerar da sujeirada acumulada durante os festejos de Momo pode levar de 50 a 100 anos. Latas de cerveja, garrafas plásticas, palitos de churrasco, dinheiro e até um fogão foram retiradas na manhã desta quinta-feira (11) do mar que contorna o Circuito Dodô (Barra-Ondina), durante ação da ONG Fundo Limpo, que conta com o apoio da Prefeitura de Salvador e do Shopping Barra.
Ao todo, no trecho entre o Farol da Barra e o Porto da Barra, além da praia do Yacht Clube da Bahia 270 kg de lixo foram retirados do mar. Do total de resíduos coletados, pouco mais de 10 kg eram apenas de latinha de alumínio. Palitos de churrasco e picolé são os dejetos mais retirados do fundo do mar neste ano: 313, no total. Os 40 mergulhadores voluntários que participaram da 23ª edição do projeto, coordenado pela Escola de Mergulho Galeão Sacramento, também acharam um fogão e uma quantia de R$ 60 no fundo do mar. “A limpeza das águas representa um alívio. Com isso, a gente promove a consciência ambiental e tenta reduzir os danos ambientais causados pela sujeira jogada no mar durante o período de Carnaval”, disse Fernanda Fernandes, coordenadora do projeto.
O ambulante Marcelo da Silva, 34 anos, trabalha na praia do Porto da Barra há seis anos e relata que, após a festa, a sujeira acumulada no fundo do mar costuma gerar prejuízo nas vendas. “Quando a maré sobe, o lixo costuma vir junto e os banhistas acabam procurando outras praias. A ação da ONG acaba ajudando a diminuir a sujeira. E o nosso prejuízo”. De acordo com a prefeitura, o lixo coletado passou por triagem e será entregue a cooperativas de reciclagem indicadas pela Secretaria de Cidade Sustentável (Secis).
Mergulhadores mostram dinheiro e parte de lixo recolhido (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO0 |
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