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SALVADOR

Médica é indiciada por homicídios triplamente qualificados

A polícia ainda aguarda a conclusão de quatro laudos técnicos

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18/10/2013 às 19:36 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:19 - há XX semanas
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O inquérito policial que indicia a médica Kátia Vargas Leal Pereira por duplo homicídio triplamente qualificados foi concluído pela Polícia Civil nesta sexta-feira (18) e enviado ao Ministério Público. Agora, o MP-BA terá 5 dias para decidir se aceita as acusações e apresentar a denúncia contra a médica. O promotor Davi Gallo já havia indicado a intenção de denunciar a suspeita, acusada de provocar a colisão que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, de 21 e 23 anos, em Ondina. Leia mais:“Não existe reviravolta”, diz delegada sobre caso da médica Kátia Vargas Amigos defendem médica envolvida em acidente que matou irmãos Mãe de jovens mortos em Ondina é ouvida pela polícia A delegada Jussara Souza, da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), informou que o inquérito tem pouco menos de 100 páginas e ouviu 8 testemunhas. O marido da médica não prestou depoimento - segundo a polícia, ele não foi convocado e não tinha obrigação de ir, embora pudesse ter se apresentado se tivesse interesse. A polícia ainda aguarda a conclusão de quatro laudos técnicos - o da perícia do local, o de mecânica no carro, um de tratamento das imagens de câmeras que flagraram a situação e por fim o laudo cadavérico. Todos estes laudos devem ficar prontos em um prazo de 30 dias, contados a partir da data da morte das vítimas. Não existe previsão de colher o depoimento de mais nenhuma pessoa, informou a delegada. A médica já está presa preventivamente no Conjunto Penal Feminino, em Mata Escura. A reportagem não conseguiu contato com o advogado dela, Vivaldo Amaral, para saber os próximos passos da defesa. Fontes ligadas à Penitenciária Lemos Brito relataram que Kátia ficará isolada por questão de segurança, já que outras detentas estariam revoltadas com seu crime. O conjunto feminino tem, hoje, um excedente de 96 detentas.
Kátia Vargas deixou Hospital Aliança na quinta-feira em viatura da Polícia Civil (Foto: Jurimar Soares)
Médica sempre foi tranquila, dizem conhecidos e pacienteDesde o acidente, que completa hoje uma semana, amigos de Kátia Vargas Pereira a defendem, principalmente nas redes sociais. Além de trabalhar como oftalmologista em clínicas particulares, ela fazia trabalhos voluntários na Cidade da Luz, complexo social fundado pelo médium José Medrado. De acordo com Renato Gomes, diretor administrativo-financeiro da Cidade da Luz, Kátia já atendia, gratuitamente, em seu consultório particular, pacientes excedentes da Cidade da Luz. “Sempre atendeu prontamente as pessoas que procuravam serviço na Cidade da Luz”, disse. Apesar de ter pouco contato com a médica, ele a considera uma pessoa “tranquila”. O conselheiro do complexo, Antônio Carlos Souza, disse que Kátia se ofereceu, há sete anos, para o voluntariado. A última vez que a médica foi ao local foi na quinta-feira (10), um dia antes do acidente. Matéria original: Correio 24hPolícia conclui inquérito e médica é indiciada por homicídios triplamente qualificados

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