O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PMDB), chorou durante seu discurso na solenidade de assinatura dos termos de adesão à segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida na Bahia, na manhã desta sexta-feira (25), em Salvador. Mas não foi a alegria de celebrar a construção das novas moradias em sua terra natal que fizeram o baiano se emocionar. As lágrimas eram de emoção pelo apoio do governador Jaques Wagner diante das denúncias que o ministro vem recebendo ao longo das últimas semanas. Sobre a mais recente denúncia, de que seu ministério teria fraudado um parecer da obra de mobilidade urbana para a Copa de 2014 em Cuiabá (MT), feito pelo Estadão, Negromonte reagiu e disse que há uma tentativa da imprensa para enfraquecer a presidente Dilma. Segundo a denúncia do jornal, servidores da pasta teriam forjado um documento que autorizou mudanças em projeto, ampliando o custo das obras em R$ 700 milhões. Luiza Gomide Vianna, diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, teria participado da fraude com o apoio do chefe de gabinete de Negromonte. Apesar do susposto envolvimento dos funcionários, o deputado federal licenciado afirmou que não vai afastar ninguém até que a sindicância interna comprove as irregularidades. Sobre seu cargo no governo federal, disse que quando não se sentir mais à vontade no ministério, deixará o cargo. "Se eu sentir que ela [Dilma Rousseff] não me quer, eu vou lá e entrego [o cargo]. Mas até agora ela nunca sinalizou", garantiu. Já sobre a denúncia da revista "Época" de que ele teria usado seu cargo para obter patrocínio do governo da Bahia na Festa do Bode - que teria promovido os interesses de sua família-, Negromonte afirmou que "existe discriminação com nordestino". O ministro ainda acrescentou que fizeram uma ilação sobre a festa e que, se fosse Festa da Uva ou da Maçã, certamente ninguém teria preconceito. "Como a Festa do Bode é coisa de nordestino, o ministro é nordestino, tome cacetada", declarou Negromonte. Nesta quinta-feira (24), uma nota oficial do ministério anunciou que já foi determinada a abertura de uma sindicância para apurar a suposta irregularidade. Enquanto isso, o ministro continua sendo ameaçado pelas denúncias da imprensa, que já derrubaram 6 ministros no primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff.*Com informações da repórter Florence Perez
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