O marido da traficante Nem Gorda, Alex Brito das Neves, 26 anos, o Grilinho, morto na noite desta terça-feira (8), era cabo do Exército antes de entrar para o tráfico de drogas. Ele tinha facilidade para manusear armas e era o responsável por recrutar pessoas para entrar na quadrilha, que atuava na localidade de Alto do Tanque, que fica entre Mirantes e Periperi. “Ele serviu ao Exército e dava o preparo para o uso de armas. Ele tinha destreza no uso das armas e andava sempre com pistolas e revólveres”, disse o titular da 5ª Delegacia (Periperi), Nilton Borba. Procurado, o Exército informou que não teria como confirmar, nesta quarta-feira (9), que Grilinho fez parte da corporação, nem por quanto tempo. Em 2011, quando se descobriu a ligação entre Alex e Nem Gorda, policiais encontraram documentos que comprovaram que ele era cabo do Exército. O pai dele era policial militar e também participava da quadrilha. Após sofrer um atentado em 2013, quando foi baleado na cabeça, ele ficou afastado do tráfico e o comando de Nem Gorda se perdeu, já que ela está no Presídio Feminino.
“Hoje, se ainda existe alguma atuação, é muito menor do que já foi. Quando Grilinho sofreu o atentado em 2013, ele ficou com sequelas e precisou ficar afastado, ficou distante. O tráfico de Nem Gorda está desmantelado, espalhado pela região”, disse o delegado. A perda de outros integrantes da quadrilha também contribuiu para que a traficante perdesse força. No entanto, Grilinho estava se organizando para retomar o espaço que perdeu no Alto do Tanque e, possivelmente, já teria novos rivais no Subúrbio. “A polícia foi surpreendida com a recuperação total de Grilinho, porque ele ficou muito mal, com dificuldades de locomoção e fala, por isso também não tinha como manter a atuação”, disse. Nas últimas operações realizadas no Alto do Tanque, mas não foi comprovada nenhuma relação com Grilinho. Comando do Tráfico no Alto do Tanque - Nilton Borba + PMO delegado Nilton Borba, titular da 5ª Delegacia (Periperi), disse que desde a prisão de Nem Gorda que o tráfico de drogas no Alto da Torre está enfraquecido. "Sabemos que há traficantes lá, mas não como era antes. Não há esse ano registro de homicídios por lá", disse BorbaNem Gorda Presa em 2011, Nem Gorda foi pra prisão domiciliar, depois voltou para o Presídio Feminino. Apontada como líder do tráfico em diversos bairros do Subúrbio Ferroviário e mandante de mais de 13 homicídios naquela região, ela teve a prisão domiciliar revogada em janeiro de 2014.À época, Nem Gorda bebia em um bar na localidade conhecida como Iguatemi, em Periperi, quando foi surpreendida por uma equipe da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Periperi). O bar ficava a quatro quilômetros da casa dela, de onde não poderia sair. A prisão domiciliar havia sido concedida pela Justiça, em março de 2012, diante da necessidade de ela submeter-se a um tratamento médico. Nem Gorda ficou no Complexo Penitenciário da Mata Escura por dez meses, depois de ter sido capturada durante uma operação conjunta do DHPP, da 5ª Delegacia Territorial (DT/Periperi) e de policiais militares da 18ª CIPM, em maio de 2011, na localidade do Alto do Tanque, onde mora. Apresentando-se como líder comunitária, Nem Gorda é apontada como a mandante do assassinato de Alaíde Queiroz dos Santos, 70 anos, morta com vários tiros, em maio de 2011, na Rua Amazonas, no subúrbio de Praia Grande. Além da idosa, a polícia investiga outros 13 homicídios encomendados por ela.Segundo a polícia, todas as mortes estão relacionadas ao tráfico de drogas. Usuários, desafetos, ex-comparsas e pessoas que se recusaram a integrar a quadrilha foram alguns dos mortos pela quadrilha.
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