Dia sagrado na Bahia, a segunda quinta-feira de janeiro é um dos momentos mais esperadas pelos baianos, e em 2014, a festa do Senhor do Bonfim, que virou Patrimônio Imaterial do país, chegou em sua 241ª edição. Milhares de pessoas foram ao Bonfim para fazerem suas preces e agradecer. A reunião ecumênica, que teve início às 8h15 na igreja da Conceição da Praia, contou com a presença de membros das igrejas Católica, Batista e da Federação Espírita.
Políticos, como o prefeito de Salvador, ACM Neto; o governador da Bahia, Jaques Wagner, alguns secretários do Estado e do Município e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, que
garantiu a reforma da Igreja, também estiveram presentes, além de fieis das mais distintas religiões. O evento ainda contará com música após os desfiles. Três shows relacionados à festa acontecem hoje. No Museu do Ritmo, Carlinhos Brown recebe Nelson Rufino, Belo e Mariene de Castro; na Calçada, Mumuzinho, Salgadinho (ex-Katinguelê) e as bandas Raça Pura e Fora da Mídia fazem show no Cais Dourado e na avenida Contorno, na Bahia Marina, Chiclete com Banana, Psirico e Ju Moraes comandam a festa. Neste ano, as famosas
fitinhas do Senhor do Bonfim voltaram a ser vendidas. Teve
"Carnaval" fora de época, com direito à Bloco sem corda; gente
aproveitando o percurso para se exercitar com os amigos, ambulante
inflacionando latinha de refrigerante e até um senhor de 83 anos, que
frequenta a Lavagem há 30 utilizando patins fabricados por ele mesmo.
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A históriaTudo começou quando o Capitão de Mar e Guerra Theodozio Roiz de Faria levou a imagem do santo, que estava na Igreja da Penha desde 1745, para a Colina Sagrada após a construção da Igreja do Bonfim, em 1754. No entanto, segundo o escritor e jornalista Nelson Cadena, não há provas de que a romaria ao Bonfim tenha começado no ano em que a capela ficou em condições de uso, embora exista a possibilidade. O fato é que, segundo a arquidiocese, a lavagem em si aconteceu pela primeira vez em 1773, quando os fieis passaram a lavar as escadarias da igreja.