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Tão cedo a população de Salvador não vai poder usufruir dos serviços do Plano Inclinado Gonçalves. Há mais de 100 dias o equipamento, que dá acesso à Cidade Alta pela Praça Ramos de Queiroz, está parado. No início desta semana, a população já foi às ruas em protesto para reclamar da situação, mas, segundo nota divulgada pela Prefeitura, estudos realizados no local inviabilizam funcionamento do Plano. Uma comissão formada pela Tansalvador, Defesa Civil, Ufba, além de representantes do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), esteve no local para avaliar a situação e as condições de uso do equipamento. O estudo técnico da área identificou uma rachadura no solo que se estende da área que vai do prédio da Coelba, passando sob o prédio da Policia Militar (que está desocupado), até atingir a estrutura do Plano Gonçalves. Nada poderá ser feito até que uma empresa especializada, contratada pelo Ipac, estude a situação do solo e encontre as possíveis soluções, já que os imóveis da região fazem parte do Patrimônio Histórico de Salvador. A previsão é de que ainda este mês sejam definidas, pela comissão, as estratégias operacionais. A assessoria da Transalvador confirmou que o Plano está sem funcionar há mais de três meses, por conta da paralisação dos funcionários da empresa terceirizada que operava o equipamento. O problema, que não foi divulgado, teria sido entre os funcionários e a empresa. Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Mota, a falta do serviço já causa prejuízos ao comerciantes, bem como à comunidade da região e de outras localidades, que precisam do acesso através do transporte."Temos de tirar do pensamento da Prefeitura que o Plano Inclinado é atividade supérflua, mas um equipamento de suma importância para o baiano". Apesar de saber que há problemas na região, o Sindilojas não foi informado oficialmente sobre a situação da área, que passa por vistorias e avaliações. "No dia da manifestação, ficamos sabendo. O que está transparente para nós é o desinteresse e a morosidade na resolução para trazer pleno funcionamento do transporte", diz.