A lancha Cavalo Marinho I, envolvida em um acidente que deixou pelo menos 19 mortos na Baía de Todos os Santos, em agosto, tinha sido notificada pela Marinha do Brasil em 2016. De acordo com a Capitania dos Portos, foi nessa situação que a embarcação apresentou algum problema durante uma inspeção pela última vez.
“Na época, a Cavalo Marinho foi notificada por falha no preenchimento do rol de equipagem que é o que registra quem são os tripulantes da embarcação. Por exemplo, ‘José da Silva - Condutor’. Em 2016, ela estava sem isso”, explicou o capitão-de-fragata Flávio Almeida, da assessoria de comunicação do Comando do 2º Distrito Naval.
Essa notificação veio a partir de uma inspeção – que são abordagens realizadas tanto em terra quanto em alto-mar, de forma surpresa, como uma blitz. Em 2017, por outro lado, a embarcação já tinha passado por 32 inspeções, sendo que a última foi realizada no dia 20 de agosto – quatro dias antes da tragédia. Em nenhuma dessas inspeções, foi encontrado nenhum tipo de problema.
Além disso, a Cavalo Marinho I tinha passado por uma vistoria em abril. Feita por uma equipe específica da Marinha, a vistoria observou equipamentos como rádio, buzina e motores do barco. Ao contrário da inspeção, que é inesperada, as vistorias são agendadas previamente e seguem o cronograma determinado pelo certificado de navegação.
A próxima vistoria da Cavalo Marinho I seria realizada em outubro deste ano e deveria observar o casco da lancha, ou seja, a estrutura da embarcação. Antes disso, a última vez que o casco havia sido vistoriado foi em janeiro de 2016.
Procurada pelo CORREIO, a assessoria da CL Transportes Marítimos, empresa que era dona da Cavalo Marinho I, reforçou que, em 20 de agosto, última vistoria da embarcação, nada foi apontado.
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Redação iBahia
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