Os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, que são suspeitos de envolvimento no golpe do PIX na Record TV Itapoan, foram ouvidos nesta quinta-feira (18) pelo delegado Charles Leão, que investiga o caso.
Os dois compareceram na Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (DREOF), no bairro da Mouraria, em Salvador, prestaram depoimento e, em seguida, foram liberados.
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Jamerson foi ouvido pela manhã. Ele chegou na unidade policial pouco depois das 10h, acompanhado de um advogado. Em seguida, Marcelo também esteve na delegacia. Os dois saíram juntos no início da tarde. Jamerson apenas disse que espera que a situação seja resolvida.
"Com fé em Deus tudo será esclarecido", comentou para a TV Bahia.
Pouco tempo depois, Marcelo retornou para a delegacia para ser ouvido pelo delegado. Ele ficou na unidade até por volta das 18h. Ao sair, o jornalista conversou com a imprensa.
"Toda a verdade foi deixada aqui agora na delegacia. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de conversar, de passar detalhes, de contar tudo", disse.
O advogado Marcus Rodrigues, que faz a defesa do jornalista, disse que estão juntando documentos para tentar inocentar Marcelo.
"Marcelo hoje teve a oportunidade de trazer a sua versão, a verdade. Acredito que, a partir de agora, a autoridade policial, que tem nosso respeito, vai finalizar esse procedimento e tomar as medidas cabíveis".
Marcus ainda disse que a prática de passar números de telefone para que interessados doassem era uma prática da emissora. "Isso, pelo que Marcelo contou hoje, é praxe do procedimento da empresa".
Em nota, a Polícia Civil informou que detalhes do depoimento não serão divulgados.
O crime consistia em arrecadar doações que supostamente seriam repassadas para pessoas em estado de vulnerabilidade social e não fazer isso. Os dois jornalistas ouvidos nesta quinta foram demitidos pela emissora após o início da apuração.
Rifeiro entregou provas
No dia 12 de maio, a polícia havia divulgado que um rifeiro ouvido pelo delegado teria apresentado diversos comprovantes de transferências bancárias tendo os jornalistas suspeitos do golpe como beneficiados.
Ainda segundo a polícia, até então, cerca de 40 pessoas já tinham sido ouvidas durante as investigações. Até aquele dia, 15 pessoas estavam sendo investigadas.
Laudos periciais dos celulares apreendidos e encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) são aguardados.
Redação iBahia
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