O relato de uma agressão dentro de um estabelecimento comercial em Salvador gerou mais de 4 mil compartilhamentos no Facebook entre a noite de quinta-feira (15) e a manhã desta sexta-feira (16). De acordo com o depoimento do jornalista Bruno Sales, publicado na rede social, ele estava no restaurante Boteco do Caranguejo, situado no bairro da Barra, quando sua namorada foi agredida verbalmente por outra cliente que estava no bar, ainda segundo ele, a acusação era de que sua companheira havia xingado a filha da cliente. Passado o susto, o casal pediu a conta e teria notado uma diferença do valor pago parcialmente de R$417 e o valor total de R$512. Veja o que escreveu Bruno nesse trecho publicado na rede social:
" Um tempo depois pedimos a conta. Deu R$ 512 no total. Ao sair, o meu sogro deixou pago R$ 417. O restante ficou para a gente. Conferimos a conta, como de costume, e depois de pagá-la percebemos que não tinham abatido o chopp dobrado. Conversamos com o garçom e, de uma forma muito tranquila, fomos explicar ao gerente José Wellington. “O que é que está acontecendo?”, indagou ele, com ar prepotente, sem ao menor dar uma "boa noite”. Eu tentava explicar, quando a mesma mulher que afrontou minha namorada na porta do banheiro levantou da mesa dela, veio até a gente e gratuitamente reiniciou as agressões. Desta vez, não só com palavras. Mas com socos, puxões de cabelo e tapas. Para a nossa surpresa, o gerente, que tinha o braço maior do que a minha perna, também passou a nos agredir. Deu um murro na nuca da minha namorada, que desmaiou de imediato e nos empurrou escada abaixo. Imaginem, vocês! E não parou por aí. Todos os garçons vieram pra cima. Enquanto me seguravam, continuaram agredindo a minha namorada, que tinha acabado de retomar a consciência. O gerente a empurrou no chão, a desconhecida seguiu com os tapas e puxões de cabelo, enquanto os garçons assistiam e escoltavam a covardia.Quando a polícia chegou já estávamos jogados restaurante a fora. Em choque, pedi socorro aos PMs e apontei os agressores. Para nosso espanto e indignação, os policiais simplesmente conversaram com eles e, nem se quer, o gerente foi detido. De imediato, pegamos uma carona até a delegacia". Em entrevista ao
iBahia, na manhã desta sexta-feira (16), o jornalista Bruno Sales afirmou que o caso foi registrado na Central de Flagrantes e foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil da Barra e disse ainda que precisou, acompanhado da namorada ainda na noite da segunda-feira (12), ir até a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCA) para registrar a acusação da cliente que manteve a versão de agressão verbal à sua filha. O jornalista disse que nesta sexta-feira (16) o dono da rede de restaurantes ligou para ele para lamentar o ocorrido e afirmou ter tido conhecimento de uma versão diferente da qual foi registrada por Bruno na delegacia, em depoimento e publicada no Facebook. O
iBahia tentou entrar em contato com a direção do estabelecimento, mas não obteve resposta. Em entrevista ao
iBahia, a delegada Carmem Dolores, que está à frente do caso, explicou que aguarda o cumprimento da intimação para ouvir o gerente do estabelecimento. Ainda de acordo com delegada, as imagens do circuito de segurança do local foram solicitadas, mas ainda não chegaram ao local. O caso foi registrado como crime de menor potencial ofensivo, diferente do inquérito policial em que as investigações são conduzidas pela delegacia. A delegada explicou ainda que o caso será encaminhado para o Juizado Especial Criminal. Em nota publicada na manhã desta sexta-feira (16), o Boteco do Caranguejo afirma lamentar o ocorrido. Confira a publicação na na íntegra. A Polícia Civil ainda não se posicionou sobre o assunto.