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SALVADOR

Indefinição sobre Louos cancela salões imobiliários

Principais feiras de imóveis são canceladas por conta das baixas expectativas de lançamentos em Salvador

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24/08/2013 às 10:46 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:59 - há XX semanas
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Duas tradicionais feiras de imóveis de Salvador não serão realizadas este ano. A 8ª edição do Salão Imobiliário da Bahia, promovido pela Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), e a 13ª Feira Construir Bahia, do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), foram canceladas por conta das baixas perspectivas de lançamentos na cidade.
O Salão da Ademi, que gerou R$ 187 milhões em negócios no ano passado e seria realizado em outubro, foi definitivamente cancelado, enquanto a Construir Bahia, que estava marcada para setembro, foi adiada para abril. O anúncio foi feito ontem durante a comemoração dos 38 anos da Ademi.
A situação é causada sobretudo pela judicialização das leis que definem os critérios para se construir na cidade. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Uso e Ordenamento do Solo (Louos) atualmente estão suspensos em caráter liminar, desde que o Ministério Público (MP) entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) por considerar que não houve, por parte da Câmara Municipal, discussão com a população na elaboração das matérias, aprovadas no final de 2012.
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Segundo dados apresentados ontem pela Ademi, pouco mais de mil unidades foram lançadas no primeiro semestre deste ano na capital baiana. “Projetando para o final do ano, chegaríamos a 2 mil unidades. Isso significaria um retorno ao mesmo patamar de 2005, um verdadeiro retrocesso”, considerou o presidente da Ademi-BA, Nilson Sarti. “2013 é um ano perdido no nosso entender. A situação (na Justiça) não será resolvida em menos de 60 dias, e já estaremos próximos do final do ano”, acrescentou.
Por conta do impasse na Justiça, no primeiro semestre deste ano, Salvador teve apenas dez lançamentos imobiliários. Em 2010, ano do boom imobiliário, a capital baiana teve 76 e em 2011, 60. No ano passado, foram 33.
Sarti ainda apontou uma redução de 20% nas vendas e de 60% nos lançamentos em todo o estado. A queda foi puxada pela redução dos lançamentos em Salvador. Enquanto em municípios da região metropolitana houve aumento delançamentos, outras regiões do interior como Feira de Santana e Vitória da Conquista conseguiram manter o número de lançamentos e unidades vendidas, conforme apurou o CORREIO.
A sétima edição do Feirão da Ademi, realizada no ano passado no Centro de Convenções, contou com mais de 25 mil visitantes. Pouco mais de 400 unidades foram comercializadas, gerando R$ 75 milhões em vendas fechadas durante o evento e R$ 109 milhões em cartas de crédito.
Construir
O adiamento da Construir Bahia foi considerado lastimável pelo presidente do Sinduscon, Carlos Alberto Vieira Lima. “É uma questão preocupante porque (os feirões são) uma grande ferramenta de mobilização empresarial”. No ano passado movimentou aproximadamente R$ 150 milhões.
Ele ressaltou os efeitos de um mercado imobiliário pouco aquecido sobre toda a cadeia produtivado setor. “Os escritórios de projeto estão sem serviço, o que reflete no mercado de trabalho dos arquitetos. Os corretores e o mercado publicitário já começam a ter problemas.”

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