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SALVADOR

Idosa morta nos Barris já tinha sido atropelada antes

Dona Severa, 74 anos, ia a hospitais em busca de companhias e remédios. Ela invadiu a via com sinal aberto para veículos

• 18/10/2014 às 12:32 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:57 - há XX semanas

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A aposentada Severa Soares Silva, 74 anos, percorreu o trajeto que fazia quase todos os dias em direção ao 5º Centro de Saúde, nos Barris. Desceu do ônibus vindo do Subúrbio, onde morava, e atravessou duas vias da rotatória. Faltavam mais duas quando, por teimosia (um traço de sua personalidade), dona Severa invadiu a via com o sinal aberto para os veículos. Acabou atingida por um carro e arremessada contra um ônibus. Morreu no local.“O motorista do ônibus chegou a ficar em pé, tentando frear, mas não conseguiu desviar”, contou o instrutor de direção Sandorval Souza, que trabalha na região.
Dona Severa, 74 anos, ia a hospitais em busca de companhias e remédios
Essa foi a segunda vez que a idosa foi atropelada na região. Abalado, o rodoviário foi encaminhado à 1ª Delegacia (Barris), onde prestou depoimento. Segundo o delegado Nelson Gomes, não houve registro de flagrante e ele foi liberado. “Requisitamos a perícia e vamos aguardar os resultados”, explicou. O condutor do outro veículo, que fugiu sem verificar se a vítima precisava de socorro, ainda não foi identificado. Dona Severa era antiga conhecida dos profissionais que trabalham no 5º Centro. “Ela vinha todo dia. Tomava um café, conversava. Vinha por se sentir acolhida”, disse uma funcionária, que preferiu não se identificar. Depressiva e hipocondríaca, a idosa fazia uso de remédios controlados há 40 anos e percorria unidades de saúde à procura de remédios e receitas. “Ela parava as pessoas na rua dizendo que estava passando mal e pedia que chamassem o Samu. O pessoal lá já tem meu número, de tanto que eles atendiam ela”, afirmou a filha da vítima, a doméstica Maria Soares.
Vítima identificada como Severa Soares Silva, invadiu a via com sinal aberto para veículos
Horas antes do acidente, a idosa havia ligado para o serviço de atendimento. Dois dias antes, foi a vez do Hospital Geral Roberto Santos receber a aposentada, que alegava sentir muitas dores pelo corpo. “Ela foi liberada. Disseram que eram dores emocionais”, contou a filha. Por causa das dores que sempre dizia sentir, dona Severa ganhou um apelido de vendedoras que trabalham próximo ao local do acidente. “A gente chamava ela de Maria das Dores, porque ela todo dia passava aqui e dizia que estava sentindo dor”, relatou a vendedora Maria Bárbara. Ela disse ter visto quando a idosa desceu do ônibus, ontem, e relatou um comportamento de dona Severa. “Ela sempre atravessava na frente dos carros”. A família da vítima acredita que o fato de ela tomar remédios por conta própria e não gostar de sair acompanhada pode ter contribuído para o acidente fatal. “Quando a gente falava pra ela sair com alguém, ela dizia ‘deixe que eu me vire’”, lamentou a filha.Matéria original: Correio 24h Idosa morta nos Barris já tinha sido atropelada antes: "ela sempre atravessava na frente dos carros”

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