Rosalvo Santos Rebouças, de 52 anos, o homem que foi baleado pelo próprio filho em uma discussão no bairro Alto do Cabrito, em Salvador, prestou depoimento na 4ª Delegacia na quinta-feira (9). De acordo com informações da Delegada Ana Francisca Rosa, da 4ª Delegacia (São Caetano), concedidas nesta segunda (10), Rosalvo defendeu o filho Rafael Almeida Rebouças e atribui o crime a esposa, que segundo ele, teria instigado seu filho a atirar nele. Como Rafael não foi preso em flagrante e também não tem antecedentes criminais, será indiciado por tentativa de homicídios. A polícia ainda não localizou a arma usada pelo acusado (que teria sido jogada em um dique no Alto do Cabrito), nem a suposta faca usada por Rosalvo para ameaçar a mulher. Ele nega a acusação. Rafael se apresentou na tarde de quarta (8), com seu advogado e sua mãe para prestar depoimento e responderá em liberdade. Entenda o caso - De acordo com informações da delegada que investiga o caso, a discussão começou quando Rafael chegou em casa com a mãe, Maria da Conceição Almeida Rebouças, e encontrou o portão fechado. O acusado, que admitiu ter porte ilegal de arma, pulou o muro e abriu o portão para a mãe. Dentro da casa, o pai estava embriagado e acusava a mulher de ter roubado R$ 150 dele. Segundo depoimento do jovem, em meio à discussão, Rosalvo Santos Rebouças, 52 anos, pegou uma faca para atingir a mulher. Rafael, que é cabeleireiro, disse ter atirado para cima para defender a mãe. Em depoimento, Rafael contou que atirou porque ficou com medo do pai tomar a arma e matar ele e sua mãe. O jovem revelou ainda que, após os disparos, o pai saiu correndo e ele foi tentar ajuda-lo. Rosalvo pegou uma carona com um amigo e foi para o Hospital Geral do Estado (HGE). Assustado, o jovem pegou a arma e a jogou em um dique localizado na região. Rafael não soube informar o que o pai fez com a faca que estava na mão durante a discussão. O autor dos disparos não tem passagens. Ainda segundo a delegada, o jovem será autuado por tentativa de homicídio e não por porte ilegal de armas, já que o crime maior suprime o menor. Rafael responderá pelo crime em liberdade. Maria que confirmou a versão do filho, contou que antes do ocorrido já tinha solicitado o divórcio, mas Rosalvo não aceitava. A delegada encontrou também registros de queixas de Maria contra o marido na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM).
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