Grupo de argentinos vai parar na delegacia após briga em pousada

Um grupo com cerca de 15 artistas de rua argentinos e funcionários de uma pousada foram levados para a Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), no Pelourinho, depois de uma briga generalizada dentro do estabelecimento na madrugada deste domingo (19).

Segundo a Polícia Civil, os argentinos alegam que iniciaram a briga após uma das mulheres do grupo ter sido assediada por um dos funcionários da pousada Anna Bella, que fica na Ladeira da Ordem Terceira de São Francisco. Os quartos ficaram revirados, uma televisão e parte do corrimão da escada foram quebrados.

Já o proprietário da pousada contou à polícia que o grupo estava fazendo muito barulho no quarto e foram advertidos. Insatisfeitos, os argentinos teriam começado o quebra-quebra e a polícia foi acionada para conter a confusão.

A artesã Luzia Almeida, hóspede da pousada, disse que dois integrantes do grupo começaram a agredir o dono do pousada, de prenome Alessandro, com socos. "Escutei os argentinos falando que iam matar ele, que ele tinha violado uma das meninas." Segundo ela, as garotas do grupo conseguiram separar o grupo e levar os argentinos para baixo.

Alessandro ainda conseguiu fechar a porta da pousada e deixar os rapazes na rua, mas os mesmos arrombaram a porta e voltaram a agredi-lo. "Disseram que iam colocar fogo na pousada com ele dentro", contou.

Segundo testemunhas, dois policiais que faziam rondas na região foram ao local, mas não conseguiram conter a briga. Eles, então, chamaram reforço. Precisaram de seis policiais para acabar com a confusão e conduzir todos para a delegacia.

Ao sair da delegacia na manhã de hoje, o dono da pousada não quis dar entrevistas, mas disse que estaria sendo acusado pelo grupo porque eles não queriam pagar as diárias que estavam atrasadas.

Assistentes sociais da prefeitura estiveram na delegacia e ofereceram vagas em um abrigo para imigrantes, mas eles recusaram a oferta. Segundo o diretor de turismo da prefeitura, Antônio Barreto Jr, os argentinos serão acompanhados e receberão apoio. A Polícia Civil informou que o registro ainda não foi concluído.