Uma médica obstetra foi ameaçada por uma paciente grávida e cerca de 20 homens fortemente armados na madrugada desta segunda-feira (6) dentro do Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), no bairro de Brotas, em Salvador, de acordo com Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed).
Após o primeiro atendimento realizado pela médica, quando a profissional analisou que o caso se tratava de um falso trabalho de parto, a paciente, que seria uma presidiária em liberdade condicional, teria sido orientada pela obstetra a permanecer na unidade de saúde para ser reavalida depois de uma hora. Segundo o Sindimed, a gestante reagiu de maneira agressiva e exigiu internamento para que fosse realizado o parto, ameaçando a médica de morte. Neste momento, por volta de 1h30 de hoje, ela teria afirmado que era traficante em liberdade condicional e que "não lhe custava nada matar alguém", diz a nota do sindicato da categoria. Pouco depois, das ameaças da suposta presidiária, homens armados teriam ido para a frente da maternidade e ameaçado toda a equipe médica, caso não fosse realizado uma cesariana, provocando grande confusão no local. Funcionários do hospital acionaram a polícia e os homens que realizaram as ameaças à equipe médica só deixaram o local depois que perceberam a chegada das viaturas da Polícia Militar. Polícia Militar e Sesab dão outra versãoA Polícia Militar da Bahia informou, através da assessoria de comunicação, que a paciente chegou à unidade de saúde em uma viatura da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) depois que policiais a encontraram nas proximidades do Iperba passando mal enquanto se dirigia ao local. Cerca de duas horas depois de deixá-la na maternidade, por volta das 3h, os policiais da CIPM receberam um chamando através do telefone 190 informando que a médica da unidade estava sendo ameaça pela paciente. Eles voltaram ao Iperba após constatarem que a gestante estava em liberdade provisória e que a médica estava desesperada com a situação. Para os policiais, ainda segundo a assessoria da PM, a médica relatou que estava sendo ameaçada de morte pela mulher, que teria dito que homens do bairro dela iriam até o local exigir o parto ainda nesta madrugada. Ao chegar à maternidade, no entanto, os policiais não encontraram nenhum homem armado, segundo versão da Polícia Militar. O órgão da Secretaria de Segurança Pública afirmou ainda que a região tem forte presença policial e que não há registros de violência na maternidade. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) também não confirmou a presença de homens armados no local após o atendimento médico, mas disse que a paciente retornou ao local com um grupo que exigiu que o parto fosse feito durante a madrugada. Ao contrário do que relata a nota do Sindimed, a secretaria do governo diz que não houve registro de confusão com a chegada dos homens ao Iperba. A Sesab afirma ainda que, após as ameaças, a equipe médica da unidade decidiu manter a paciente internada para avaliação, e o parto foi realizado no final da manhã desta segunda-feira (6). Médicos pedem posto policial permanenteOs médicos do hospital público solicitaram a implantação de um posto policial permanente no local em documento encaminhado ao promotor de Justiça Rogério Queiroz, ao secretário de Saúde Jorge Solla, e o secretário de Segurança Maurício Teles Barbosa, em que pedem medidas de segurança pessoal para a equipe médica e para a maternidade. Ainda de acordo com o sindicato, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mãe Hilda, no Largo do Curuzu, na Liberdade, suspeitos envolvidos em um tiroteio invadram o local, recentemente, causando pânico entre médicos, funcionários e pacientes. Matéria original do CorreioGrupo armado ameaça médica durante atendimento à grávida em hospital, diz sindicato
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade