Localizada estrategicamente entre os bairros da Vitória, Barra, Campo Grande e Centro, a Graça é hoje considerada um bairro tradicional e nobre de Salvador. Essencialmente residencial, conta com diversos serviços, que atendem às necessidades dos moradores, sem afetar o clima sossegado da região. A classe media alta ainda domina o território e conserva grande parte do passado. É possível observar, além do velho conhecido Largo da Graça, casas de meia-idade e palacetes. Moradias das famílias Novis, Magalhães e Cintra ajudaram a construir a história do bairro. Mergulhando no passado, é possível concluir que não se pode falar do lugar sem exaltar a importância de Diogo Álvares, o Caramuru. Essa ilustre figura foi fundamental não só para construção da história do Brasil, como também, essencial para formação do bairro da Graça. “O que eu sei do passado é que isso aqui, segundo as histórias contadas pelo povo, era o local onde havia a Igreja de Paraguaçu. Nesta região, ficavam os índios e os portugueses misturados em uma aldeia”, conta o aposentado José Carlos Paes, morador na Graça, há cerca de 30 anos. HISTÓRIA - No livro “Breviário da Bahia”, Afrânio Peixoto lembra que Diogo Álvares era devoto de Nossa Senhora das Graças e em sua homenagem, fundou na região - que hoje é a Graça, antes conhecida como Vila Velha ou povoação do Pereira -, uma capela, um "oratório de barro recoberto por palhas”. O local se transformou em igreja e sofreu algumas alterações, para tornar-se a conhecida Igreja da Graça dos dias atuais. Além dela, o Caramuru desmatou parte das suas terras, doadas pelo donatário Francisco Pereira Coutinho, e deu origem ao Largo da Graça, maior referência do local hoje e primeiro a existir na Capitania da Bahia.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade