O Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, declarou na manhã desta sexta-feira (15), que a determinação é de que a polícia "não dê trégua", após a morte de um policial federal durante operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), no bairro de Valéria, em Salvador.
"Nós não queremos e [não] determinamos que sejam trazidos corpos. Queremos presos, para que a gente possa, a partir da prisão deles, garantir mais informações e fazer uma operação com sucesso", afirmou.
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A declaração foi feita durante a apresentação de novas viaturas na cidade de Feira de Santana, a 100km de Salvador. Jerônimo Rodrigues foi questionado sobre o assunto durante coletiva e também lamentou a morte do policial.
"Eu quero me solidarizar com a Polícia Federal, que perdeu um homem na iniciativa de uma operação, em Valéria. É uma iniciativa da polícia em desmontar a atuação do crime organizado na Bahia", disse Jerônimo Rodrigues.
Ainda segundo o governador, a determinação de que os suspeitos sejam presos é a mesma do secretário de Segurança Pública Marcelo Werner, do presidente Lula e do ministro Flávio Dino.
A Bahia vive momentos de insegurança nos últimos meses, com troca de tiros entre policiais, homens armados e apreensões de armas pesadas. No início de setembro de 2023, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, admitiu que a guerra entre facções é a principal responsável pela violência no estado.
Jerônimo Rodrigues disse ainda que o incêndio no ônibus registrado na manhã desta sexta (15), em Castelo Branco, foi uma forma que os criminosos tentaram para dispersar a atenção da polícia e da imprensa.
Morte de policial federal
O policial Lucas Monteiro Caribé morreu durante a operação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), outros dois agentes, da Polícia Federal e Civil ficaram feridos.
Lucas Monteiro Caribé chegou a ser socorrido com os outros dois agentes para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, mas não resistiu aos ferimentos. Não há detalhes sobre o estado de saúde dos outros dois policiais.
Ainda segundo a SSP-BA, quatro suspeitos morreram. Os homens fazem parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois morreram no momento do tiroteio e outras horas depois, em uma região de matagal entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.
Operação FICCO
A FICCO foi lançada em agosto deste ano pela SSP-BA e Polícia Federal. O objetivo é de intensificar, em caráter especial, o enfrentamento às organizações e associações criminosas. A integração entre os governos estadual e federal será feita de forma pontual, caso eles entendam que exista a necessidade, como foi o caso de Valéria.
A 'Operação Fauda', integrada à FICCO, já apreendeu dois fuzis e duas pistolas calibre 9mm. Carregadores e munições abandonados foram localizados. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que as forças buscam por integrantes de uma facção envolvida com tráfico de drogas, homicídios, roubos, entre outros delitos.
Ainda segundo o órgão, um grupo criminoso está escondido em uma região de mata fechada, do bairro periférico da capital baiana.
Valéria fica em um ponto considerado estratégico para o tráfico de drogas e é palco de constantes confrontos entre facções criminosas de atuação local e nacional. Localizada entre duas rodovias, a BR-324 e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba, o bairro também está em um dos limites de Salvador, próximo ao município de Simões Filho.
Redação iBahia
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