Ao som dos atabaques, o Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé, ou Terreiro do Gantois, iniciou a primeira etapa da requalificação do Memorial Mãe Menininha do Gantois. O museu, que completa 25 anos nesta sexta-feira (10), passará por melhoras em sua infra-estrutura e terá seu acervo digitalizado.
Para reforçar os laços com a comunidade, a Tecnomuseu, empresa responsável pela requalificação, resolveu fazer criar o Plano Museológico - projeto que norteia futuras ações do museu - de forma colaborativa. O primeiro encontro aconteceu na tarde desta sexta (10), no Gantois, e contou com palestras sobre o memorial e apresentações de projetos sociais do terreiro.
"É um projeto participativo, não é uma coisa imposta. A comunidade pode apresentar sugestões e críticas", explica a fundadora da Tecnomuseu, a museóloga Simone Trindade. O terreiro ainda vai abrigar outros dois encontros até abril. Os participantes vão poder apresentar e planejar soluções para o memorial.
A requalificação do memorial foi vencedora de um edital do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). O diretor-geral do órgão, João Carlos, estava presente. "Ficamos muito felizes. Acho que esse é o quarto edital vitorioso aqui do Gantois. Ficou claro aqui hoje que a casa é viva por isso. Por essa presença imaterial, da figura e do amor de Mãe Menininha", comemorou João Carlos de Oliveira.
Além da explanação de Simone Trindade, o museólogo Marcelo Cunha ministrou uma palestra sobre o memorial. "Apesar de ser construído de um ponto de vista pessoal, (o memorial) contribui para o reconhecimento de toda a comunidade do Gantois", defendeu. O projeto de educação musical do terreiro, o Rum Alagbê, e o grupo de capoeira Camará também se apresentaram.
Mesmo durante a elaboração colaborativa do projeto, o memorial permanece aberto. O horário de visitação é de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. A entrada é gratuita.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade