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SALVADOR

Fornecimento de água não deve ser mais interrompido em 2013

Em entrevista ao iBahia, José Moreira explicou o motivo das constantes interrupções

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27/09/2013 às 10:31 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:27 - há XX semanas
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Desde o início do ano, a população de Salvador teve que lidar com pelo menos 11 interrupções no fornecimento de água em diversos bairros da cidade. Segundo a Empresa Baiana de Águas e Sanamento (Embasa), os principais motivos para as suspensões são as obras para a ampliação de oferta de água e melhorias na prestação do serviço à população. Mas até quando será necessário ficar sem água? Em entrevista ao iBahia, o Superintendente de Abastecimento da Empresa Baiana de Águas e Sanamento (Embasa), José Moreira, garantiu que a interrupção dessa sexta-feira (27), é a última prevista para o ano de 2013 e explicou que as diversas obras foram necessárias para a prestação do serviço em áreas que costumam apresentar irregularidade no fornecimento. Segundo ele, investimentos da ordem de R$ 334 milhões foram realizados e agora é necessária a manutenção e instalação de novos equipamentos. "Nesta sexta-feira, dia 27, está programada a última interrupção programada para serviços de ampliação no Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) de Salvador e RMS. Os trechos finais da 2ª adutora principal de água tratada e da 2ª adutora Joanes II-ETA Principal serão ligados ao sistema e vão permitir um aumento de 20% na oferta de água na capital baiana". Moreira esclareceu também que existiram interrupções causadas por manutenções emergenciais, motivadas por vazamentos, sejam eles de equipamentos que apresentam defeito ou de "quebramentos causados por máquinas de obras realizadas pela prefeitura ou outros prestadores de serviços públicos e de deslizamentos de terra ou grandes buracos causados pelas chuvas".
"Este ano, para citar apenas quatro exemplos, o grande buraco formado na BR-324, devido a problemas na rede de drenagem pluvial, foi a causa da interrupção no abastecimento de alguns bairros de Salvador, por que uma adutora ficou exposta e teve que ser estabilizada com um suporte para não romper", esclareceu, citando também problemas na Estrada Velha do Aeroporto e na avenida Contorno por conta das chuvas, e as obras dos viadutos Estrada da Rainha/Dois Leões. Saiba de onde vem a água que abastece Salvador e RMS Veja como é feita a distribuição de água em Salvador
"Gatos" prejudicam fornecimento O Superintendente acrescentou ainda que para ampliar as redes de distribuição, a Embasa só leva em consideração o registro ativo e com isso, a existência de ligações clandestinas na cidade, os chamados "gatos" de água podem prejudicar o fornecimento em algumas áreas da cidade.
"Como boa parte da ocupação do solo de Salvador se faz de forma espontânea sem ordenamento, as fraudes no consumo são corriqueiras, nessas áreas, e as redes internas dos imóveis não são adequadas para receber a água distribuída. Quando a empresa identifica esse problema, envia mobilizadores sociais e representantes comerciais da empresa para tentar regularizar o maior número possível de ligações irregulares e orientar moradores quanto à adequação da rede interna do imóvel", disse.
Bairros nobres não sentem efeito de interrupção Segundo Moreira, a aparição recorrente de alguns bairros populares, como Narandiba, na lista dos que ficarão sem água em determinado período não é atoa. O Superintendente explicou que os bairros mais nobres, como Graça, Corredor da Vitória e Campo Grande também passam por interrupções, "mas como a maior parte dos imóveis têm reservatórios com grande capacidade de acumulação de água e os prédios têm reservatório inferior com bomba e reservatório superior, seus moradores não sentem os efeitos da interrupção".
Outros localidades que não sofrem com a interrupção são as que possuem hospitais e escolas, que recebem, prioritariamente, água por meio de carro-pipa, para não correrem o risco de prejudicarem seus serviços. Contudo, engana-se quem pensa que não existem áreas obrigatoriamente mais prejudicadas. "Salvador é atendido por 16 centros de reservação e o do Cabula é o maior da rede distribuidora da capital, com capacidade para reservar 32 milhões de litros de água. As áreas atendidas pelo Centro do Cabula são afetadas quando ocorrem interrupções programadas ou emergenciais, pois o equipamento recebe água das barragens de Pedra do Cavalo, Joanes I e Ipitanga I e II, sendo responsável pelo abastecimento de 40% da cidade".
Moreira ainda esclareceu que os horários envolvendo as interrupções, que normalmente acontecem do início da manhã e vão até a noite, possuem justificativa. "No primeiro horário da manhã, os reservatórios do sistema e dos imóveis atendidos estão cheios, pois acumulam mais água devido ao pouco consumo durante a madrugada. Por isso a parada é feita neste horário, para que o transtorno causado pela interrupção ocorra no menor tempo possível", finalizou.

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