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Terra revirada cobre buracos feitos por barraqueiros no Jardim de Alah |
Os buracos em que barraqueiros guardavam equipamentos na praia de Jardim de Alah, e que foram descobertos, na noite de quinta-feira, por fiscais da Secretaria Municipal da Ordem Pública (Semop), estavam tapados ontem pela manhã. O coordenador de Fiscalização e Ordenamento do Mercado Informal da Semop, Braz Pires, acredita que os próprios barraqueiros taparam os buracos. “Não fomos nós que cobrimos”, disse.Nos buracos, de acordo com a Semop, foram encontrados 287 equipamentos, entre cadeiras, isopores, caixas térmicas, sombreiros, botijões e panelas. Apenas um barraqueiro, sem se identificar, quis comentar o assunto. “Vários fiscais passaram por aqui e avisaram que não podia ter nenhum material após as 19h na areia. Mas eles cavaram mesmo assim e em plena luz do dia”, disse. Segundo Braz Pires, parte das cadeiras e sombreiros que estavam no buraco fazia parte dos kits padronizados distribuídos pela prefeitura. Entretanto, manter os equipamentos na areia não é a única prática proibida que continua sendo vista nas praias. Além de muitos barraqueiros ainda trabalharem com kits fora do padrão, a cobrança pelo uso do equipamento continua ocorrendo. “A vendedora me pediu R$ 7 por duas cadeiras e um sombreiro”, contou a empresária Else Rebelo, 58, na praia de Piatã. O mesmo também se viu ontem na Barra. O turista sueco Hans Eriksson teve que pagar R$ 4 por cada banco utilizado. Entre os barraqueiros, a justificativa da cobrança era a mesma: o frete. “Tenho que pagar para trazer e levar as coisas. Não tenho como arcar com isso se as pessoas sentarem e não consumirem”, disse um deles. Segundo a secretária municipal de Ordem Pública, Rosemma Maluf, haverá um aumento da fiscalização nas praias. “Estamos planejando uma fiscalização mais efetiva, com mais agentes e postos fixos. Agora, estamos organizando a casa para depois ampliar e avançar. Mesmo assim, o balanço que fica deste Verão é positivo”, disse Rosemma.
Matéria Original:
Correio 24h